sábado, 25 de abril de 2015

Vereador quer demissão por falta de decoro

Cartaz exibido pelo condutor da política cultural ofende...
Submetido e cedendo, muitas vezes, a todo tipo de pressão para fazer e desfazer nomeações desde que tomou posse, a 1º de janeiro último, o governador Robinson Faria receberá na próxima semana um pedido que não se encaixa em seu figurino. Trata-se de exonerar um auxiliar por falta de decoro e de respeito à liturgia do seu cargo.
O alvo é o ator Rodrigo Bico, que não adquiriu notoriedade e respeito entre os intelectuais conterrâneos até assumir em fevereiro a presidência da Fundação José Augusto, o braço cultural do governo do Estado.
Sua exoneração entrou nos planos de aliados de Robinson desde o carnaval, quando, projetando seu lado “selfie”, de pessoas que aproveitam os recursos do telefone celular para fotografarem a si mesmo e postarem suas imagens nas redes sociais, ele se exibiu com uma fantasia em que destacava uma placa com os dizeres “Impítiman é meuzovo”, seu escracho contra movimentos que pedem o “impeachment” da presidente Dilma Rousseff.   
Apoio de Ezequiel
...a língua e o decoro, diz Leleu, querendo sua demissão.
Principal porta-voz do movimento pela queda de Bico, o vereador Edilson Freitas Fontes, o “Leleu Fontes” (Pros), de Caicó, já pediu audiência a Robinson para apresentar-lhe o pedido, agindo como quem se interessa também em evitar que a conduta do subordinado termine criando problema para o Governador.
Ao mesmo tempo, diz que encomendou uma análise jurídica da situação, concluindo que qualquer cidadão pode pedir em juízo a exoneração de Bico. É algo que pode entrar em suas cogitações se Robinson não demonstrar interesse em se livrar do auxiliar. Outra medida abraçada por Leleu é tentar envolver outros poderes na luta contra a desmoralização do cargo de presidente da Fundação José Augusto.
Neste sentido, ele já tem pronto um ofício que deseja entregar pessoalmente ao presidente da Assembléia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB), esperando que este persuada Robinson a afastar Bico das suas funções.
Falha moral
O motivo oficial da iniciativa de Leleu (pronuncia-se “Lelêu”) é a posição moral que Rodrigo Bico teria adotado ao se exibir no carnaval, pois, em lugar de procurar aparecer como folião sem respeito à língua e à liturgia do seu cargo, deveria ter adotado a postura de alguém que responde, também, pelo apoio governamental à festa.
De fato, num governo que discursa o quanto procura mostrar-se limpo, mais do que nunca o presidente da Fundação José Augusto deveria fazer-se respeitar, para ajudar a apagar a imagem de corrupção e sujeira que alguns anos atrás maculou a instituição através da contratação fictícia de grupos musicais para animar foliões.
Ademais, avança o vereador, a violentação do Português na mensagem transmitida pelo presidente da Fundação José Augusto mostra seu desrespeito à cultura geral e conterrânea. Isto não surpreende Leleu porque, ao que lhe consta, apesar de formação acadêmica Rodrigo Bico teria uma cultura menos do que epitelial.
Frustração política
Sugerindo que vez por outra o vereador também agride o decoro e a língua, colabores de Bico asseguram que a motivação de Leleu não tem raízes nesta, e sim na frustração de interesses de sua política fisiológica. O vereador estaria magoado porque, atendendo a pressão exercida pelo deputado estadual Fernando Mineiro, seu líder e padrinho no PT, Rodrigo Bico teria passado por cima de Robinson ao anular uma nomeação deste para o cargo de diretor do teatro Adjuto Dias, em Caicó. Leleu não garante o contrário, prevendo que o grupo petista comandado por Mineiro deverá provocar muitos males a Robinson e à senadora Fátima Bezerra, principal expoente da legenda no Rio Grande do Norte, mas assegura que sua motivação foi mesmo de ordem moral e cultural.
“Não tenho nada contra Rodrigo Bico, mas a gente lamenta o ocorrido por não considerar normal ato tão indecoroso por porte de ocupante de cargo público no primeiro escalão do governo estadual”, diz, referindo-se à foto de Bico no carnaval. “Principalmente quando afronta diretamente o que deveriam ser as atribuições do condutor da política cultural do Estado”.
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Um comentário:

  1. Todo mundo sabe que Rodrigo Bico, Presidente da Fundação José Augusto, além de honesto é extremamente competente em sua função e que hoje, por sua atuação direta nos movimentos culturais do RN, consegue ir e enxergar os problemas e as soluções para as políticas públicas de cultura no RN.

    Melhor nome não há para a pasta. O que esse vereador quer, é promover o fisiologismo político que ele á está acostumado.

    Um recado para o governador: Continue com Rodrigo Bico e abra o olho para esse vereador. A forma como Rodrigo Bico quer viver feliz, só cabe a ele.

    Impitiman é meuzovo!

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