segunda-feira, 18 de maio de 2015

Aeroportos para Caicó e Mossoró não passam de promessas

A quimera oferecida agora em relação ao aeroporto Dix-sept Rosado,....
Por não terem mais o que mostrar como realização suas ou perspectivas de algo nobilitante a oferecer ao Rio Grande do Norte; por bajulação, algo comum em políticos; pelo vício em aclamar o que lhes chega de cima ou apenas por ingenuidade, se lhes é possível cultuar este atributo, líderes do Rio Grande do Norte exultaram há poucos dias porque o ministro chefe da Secretaria de Aviação Civil da Presidência da República, ex-deputado federal Eliseu Padilha, filiado ao PMDB, anunciou “a instalação” dos aeroportos regionais de Mossoró e Caicó.
Ele se fez arauto desta novidade em audiência pública conjunta que as comissões de Serviços de Infra-estrutura (CI) e de Desenvolvimento Regional (CDR) do Senado realizaram, por gentileza da base governista na casa congressual, para que divulgasse a nova utopia que impulsiona as asas do Palácio do Planalto, o “Plano de Desenvolvimento da Aviação Regional”.
Ministro se esquivou
Conforme Padilha apregoou, os dois integram a relação dos 270 aeroportos que, em quatro anos, deverão estar operando com vôos regulares no interior do Brasil. Com outras palavras, lançou a mesma quimera que mossoroenses e caicoenses têm ouvido há décadas.
...pelo ministro Padilha, é a mesma que o primeiro governo Dilma Rousseff...
O próprio Padilha cuidou, antes de voltar para casa, de se eximir previamente em caso de cobranças futuras ao enfatizar que, embora estejam “no nosso cronograma”, “não posso fazer previsão quanto ao prazo” de investimentos nos dois terminais, “porque o processo ainda não está concluído e pode surgir algum óbice no caminho”.
Na verdade, a única novidade tangível que ele apresentou foi a informação de que o Banco do Brasil seria o responsável pela execução do programa de aviação regional, válida genericamente para todo o roteiro de viagens nacional e nada específico para os terminais potiguares. De resto, o programa de aeroporto tem a mesma consistência dos muitos projetos que o Departamento Nacional de Infra-estrutura de Transportes (Dnit) vive anunciando para o Rio Grande do Norte.
Vício velho
Lastimavelmente, os potiguares não podem fazer qualquer plano a partir deste anúncio, porquanto sistematicamente a União tem mostrado que somente os caicoenses e os mossoroenses se interessam pela potencialização dos terminais existentes nos territórios de seus municípios. Estarem “no radar” da Secretaria de Aviação Civil nada significa, e não somente porque esta é paupérrima em termos de instrumental de trabalho e de orçamento.
O pior, em relação à pasta, é que sua principal atividade é sempre anunciar para mais adiante investimentos que deveriam ter sido realizados há tempos. O Rio Grande do Norte não conta nos dedos das mãos as vezes em que, vindo aqui ou falando lá longe, o antecessor imediato de Padilha na secretaria, o fluminense Wellington Moreira Franco, anunciou investimentos decisivos nos dois terminais, principalmente no de Mossoró.
Enquanto Moreira Franco falava, a Aeronáutica, instituição militar que cuidou do aeroporto mossoroense, o Dix-sept Rosado, se afastava mais e mais do equipamento. Esse distanciamento ajudou muito os moradores da vizinhança a transformar a pista de pouso e decolagem do Dix-sept Rosado em perigoso caminho para pedestres e animais de todo tipo e tamanho.
Dilma blefou
Para que não se diga que a política de “oba oba” em relação aos dois terminais se restringiu aos titulares dessa pasta, a presidanta Silma Rousseff também discursou investimentos no Dix-sept Rosado quando mostrava interesse pelos votos daqui. No entanto, ao lançar o programa nacional de aviação regional, a princípio excluiu um terminal interiorano daqui.
...apregoou por intermédio de Moreira, que cuidava da aviação civil.
Sua conduta foi igual em relação à oportunidade inédita que se lhe apresentou de anunciar o Aluizio Alves, em São Gonçalo do Amarante, como o HUB do Nordeste brasileiro, cometendo uma omissão que hoje impõe ao Rio Grande do Norte disputar esta condição, e apenas nos planos de uma empresa privada, a LanTam, com Ceará e Pernambuco. Pressionada em período pré-eleitoral, Dilma sugeriu meio por alto que incluiria o terminal mossoroense no programa da aviação regional, mas nunca deu eficácia tilintante a esta promessa.
Fraude, embuste...
Também pelas condutas de Dilma, Moreira Franco e Padilha, lamentavelmente, o “Plano de Desenvolvimento da Aviação Regional” é visto como outra fraude, outro embuste para criar uma atmosfera de otimismo e gerar imagem positiva para o governo federal, como acusou há poucos dias um blog especializado neste segmento do transporte.
Eis o que o blog “Para Ser Piloto” publicou a respeito:
Ferraço: projeto não passa de "power point".
“Em fevereiro deste ano, este blog já perguntava que no atual cenário político e econômico, qual a chance de o PDAR realmente ser implementado? (e respondia a si próprio que ‘dificilmente o PDAR sairá do papel este ano’). Em março, o tom das notícias sobre o plano da SAC para a aviação regional já se tornava mais sombrio… Até que agora, em maio, o Portal do Senado informa que ‘[o Ministro da SAC, Eliseu] Padilha admite que existe uma ‘disputa legítima’ entre o Ministério da Fazenda e a Secretaria de Aviação Civil em torno do contingenciamento dos recursos do Fundo Nacional de Aviação Civil’ – o que significa, na prática, que o governo vai mesmo segurar as verbas do PDAR pelo menos até 2016 (eu, pessoalmente, acho que antes de 2017, nada acontece).
Apesar disso, a mesma nota do Portal do Senado acima destacada também informa que um outro programa da SAC está sendo coroado de êxitos. Segundo o Senador Ricardo Ferraço (PRE-ES), ‘há alguns anos acompanhamos o desenvolvimento de alguns programas do governo Federal, me perdoe a sinceridade, que se transformaram em PowerPoint. Eles são colocados, mas, na prática, estão se transformando em projetos de ficção’. Bingo! O PdAR-Powerpoint da Aviação Regional é um sucesso!
É muito enrolation!”
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