domingo, 17 de maio de 2015

Vigilância sanitária proíbe “Galinha Cabidela”

"Galinha Cabidela": o súbito cumprimento de uma proibição de mais de dez anos, baseada...
A “Galinha Cabidela”, “à cabidela”, “de cabidela” ou “ao molho pardo”, um dos mais característicos pratos regionais do Nordeste brasileiro e do Rio Grande do Norte, não mais pode ser servido pelos restaurantes de Natal, devido a uma proibição imposta pela Vigilância Sanitária.
...em regulamento de 1952, tirou o prato do cardápio do "Âncora Caipira",...
O veto não foi amplamente divulgado e só na mesa chegou ao conhecimento dos comensais que neste fim de semana dirigiram-se a restaurantes especializados em comida típica regional pensando em se fartar com o guisado em que à carne de frango se adiciona, durante o cozimento, o sangue avinagrado do animal colhido no abate. Um grupo dos que mais sofreram é constituído por freqüentadores do “Âncora Caipira”, na avenida Campos Sales, em Petrópolis, cujos atendentes contiveram a demanda oferecendo outras iguarias. A Galinha Cabidela era uma das peças de resistência do cardápio da casa, atraindo para lá muitos potiguares famosos, como o senador e ex-ministro Garibaldi Alves Filho (PMDB).
A tristeza dos apreciadores da guloseima ainda não “bombou” nas redes sociais, a despeito de as primeiras queixas terem despertado eco em alguns grupos. Nenhum internauta, porém, logrou apontar instância de origem da proibição, também não explicada pelos garçons. O que este blog conseguiu levantar é que a proibição, de âmbito nacional, teria sido determinada ainda em 2010, as vinha se firmando como letra morta pelo desconhecimento por parte das casas de pasto.
Importação européia
Baseada no “Regulamento da Inspeção Industrial e Sanitária de Produtos de Origem Animal”, baixado em 1952 pelo legendário presidente Getúlio Vargas, a portaria é filha de uma associação de dois textos castrantes em vários sentidos editados por dois órgãos distintos de duas pastas específicas, o Serviço de Inspeção Federal, que faz pane do Mapa, ou ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, e a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anivsa), do ministério da Saúde.
...para onde atraía fregueses importantes,como Garibaldi Alves Filho.
Não se sabe a causa da proibição, muito menos se ela se estende à preparação do prato em casa. Quanto à causa, não parece ter origem em qualquer descoberta onde há mais tempo a galinha cabidela atrai comensais, o Norte de Portugal e na França. Decididamente, com origem atribuída ao Oriente Médio, a galinha a cabidela chegou aqui como importação da culinária do espaço latino da Europa.
Acompanhada de arroz branco no Nordeste brasileiro, a galinha cabidela é guarnecida no centro-sul com angu e couve refogada. Cozinhar com sangue é um costume antigo de vários povos; em Portugal a cabidela tem registros desde o século XVI, e igualmente pode ser preparada com outras aves ou animais (pato, peru, porco, cabrito ou caça. Na gastronomia francesa, vários pratos semelhantes, como “poulet en barbouille”, “canard au sang” e “coq au vin”, são servidos sem empulhação burocrática.
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