segunda-feira, 25 de maio de 2015

Servidores da saúde de Natal realizam paralisação de advertência unificada

Nesta quinta-feira (21), os servidores da saúde de Natal realizaram uma paralisação de advertência e um ato público para cobrar respostas sobre o reajuste salarial, data base, situação das unidades de saúde e as demais reivindicações, que como sempre vêm sendo adiadas pelo prefeito Carlos Eduardo.
Após uma passeata pela Avenida Rio Branco e um ato na Prefeitura, ocupada pelos guardas municipais, que estão em greve há 10 dias, os servidores fizeram um ato nas galerias da Assembleia Legislativa, pela retirada do PLC da Previdência Complementar.
Os servidores da saúde reivindicam o fim dos saques ao Fundo Previdenciário e a retirada do Projeto de Lei Complementar que propõe a criação de uma Previdência Complementar e a redução do percentual de contribuição do estado. O PLC foi enviado no dia 30 e está em análise nas comissões da Assembleia Legislativa.
A categoria da saúde está em campanha salarial e tem muitos motivos para lutar, diante dos ataques que estão sofrendo. Só no município, faltam 4 mil servidores, o prefeito Carlos Eduardo adia o concurso desde que assumiu o mandato. Agora, anuncia o concurso, mas retirando as 30 horas da Enfermagem, que é lei municipal. Até agora, o prefeito não respondeu à reivindicação do sindicato, de 17,91% de reajuste, pelas perdas dos últimos anos. E também não há resposta sobre a mudança de nível, vencida em 2012, e outros pontos não cumpridos.
Desde o segundo semestre de 2014 o hospital Walfredo Gurgel, assim como outros da rede estadual, sofre com a falta de medicamentos e de materiais básicos. No inicio desse mês,  faltavam materiais em vários andares. No 4º andar estava faltando materiais básicos, como esparadrapo e soro. No CRO (Centro de Recuperação de Operados), não havia nem mesmo luva de procedimentos. Uma medicação usada para aliviar as dores dos pacientes – Tramal –, era racionado, sendo usado apenas para pacientes com dor aguda. Em muitos hospitais do RN, falta até sabão para uso comum.
"Para tentar contornar a crise financeira, o governo está mais uma vez sacrificando os servidores: Dilma mexeu nos direitos trabalhistas; Robinson usa o dinheiro do Fundo Previdenciário e o prefeito Carlos Eduardo se cala sobre ao reajuste e os direitos dos servidores. A inflação está levando embora os salários e somos nós que temos que pagar a crise que não causamos?", disse Rosália Fernandes, diretora do Sindsaúde-RN.
No dia 29 de maio, os servidores estaduais terão uma nova paralisação, no Dia Nacional de Lutas, e uma assembleia geral, com indicativo de greve.

A pauta da categoria reivindica reajuste salarial de 27%, conforme cálculo feito pelo Dieese (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Sócio-Econômicos), referente a perdas dos últimos anos e ganho real, e isonomia aos aposentados e servidores municipalizados, que estão há quatro anos sem reajuste e acumulam perdas de 61%. Entre os pontos exigidos estão ainda a implantação imediata das mudanças de nível vencidas desde 2012, a tabela de qualificação, um novo concurso público para combater a sobrecarga nos locais de trabalho e a garantia de abastecimento de materiais e medicamentos nos hospitais.

Autor: Comunicação Sindsaúde

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