quinta-feira, 21 de maio de 2015

Novo Ministro impressionou Garibaldi Filho

Fachin: polêmica sobre passado partidário.
O advogado e professor Luiz Edson Fachin, aprovado esta semana pelo Senado da República para assumir no Supremo Tribunal Federal a cadeira que se vagou com a aposentadoria do ministro Joaquim Barbosa, em julho de 2014, impressionou muito vivamente o senador Garibaldi Alves Filho (PMDB).
Garibaldi Filho deu este testemunho ao contar a amigos e colaboradores, em Natal, a conversa em que Fachin, radicado em Curitiba, Paraná, foi lhe pedir apoio por ocasião, justamente, da apreciação, pela câmara alta do país, de sua nomeação pela presidente Dilma Rousseff. Fachin chegou ao Senador graças a um contato do jornalista Ticiano Duarte, líder maçônico nacional e do qual se tornou amigo recentemente. "Ele deverá ser um grande juiz na Suprema Corte", previu o Senador.
Antes que seu nome fosse colocado em votação no plenário do Senado, Fachin, de 57 anos, enfrentou uma sabatina de quase doze horas na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Casa na última semana. Após o escrutínio na CCJ, a comissão aprovou sua nomeação por vinte votos a sete.
Nesta terça-feira, 19, anteontem, o Senado aprovou sua nomeação por 52 votos a 27.
Garibaldi Filho: "Deverá ser um grande juiz".
“Bancada governista”
Segundo o senador potiguar, que é advogado, o que mais impressiona em Fachin não é seu notável saber jurídico, mas a sensação de que está preparado, em todos os sentidos, para migrar da condição de advogado para a de magistrado, a despeito das muitas críticas que recebeu por conta de preferências e atuações profissionais com as quais salientou preferências partidárias.


A notícia da escolha de Fachin se espalhou pelo país com um carimbo de petista e o receio de que viesse a se transformar em advogado do PT e de Dilma e do ex-presidente Lula da Silva na corte, onde se diz que o presidente da casa, ministro Ricardo Lewandowski, lidera “a bancada governista”.
Não surpreenderia que seu suposto petismo ganhasse mais destaque do que seus méritos como operador do direito.
Imparcialidade
Um pronunciamento que o senador Magno Malta (PR-ES) fez antes da votação sugere a força da imagem do Fachin partidário. Malta declarou voto contrário à indicação, por razões religiosas e por divergências com as posições de Fachin, mas afirmouo que o respeitava devido à suas formação e qualidades como jurista.
Ticiano, o contato de Fachin com o Rio Grande do Norte.
Após a votação, o líder do Dem na casa, o senador Ronaldo Caiado (GO), lamentou a aprovação do nome de Fachin para o STF dizendo que o país precisava de um ministro que pudesse “contribuir com a tranqüilidade” das decisões da corte e apontando uma identificação “política e ideológica” do advogado com o PT e com Dilma.
“Isso tira dele aquilo que é fundamental para um ministro, que é a imparcialidade. Juízes e ministros não podem ter lado”, avançou Caiado, salientando que mesmo que Fachin esteja certo em decisões futuras no STF, “a sociedade colocará em dúvida o seu posicionamento”.
O líder do PT, senador Humberto Costa (PE), celebrou a aprovação do jurista e ressaltou que, na sabatina da semana passada, Fachin deu demonstrações de que é uma pessoa com ampla cultura jurídica "com posições progressistas e uma reputação absolutamente ilibada”.
Costa também foi questionado sobre se a aprovação de Fachin poderia ser encarada como uma vitória do governo no Senado. “Em nenhum momento procuramos estabelecer vitórias ou derrotas de governo, de oposição ou de pessoas. Acho que foi uma vitória da Casa”, afirmou.
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