segunda-feira, 18 de maio de 2015

Governo ainda maltrata aposentados

Defendendo os procuradores aposentados, Artêmio...
Apesar de praticamente todo mês a justiça bloquear a conta bancária do Instituto de Previdência do Estado (Ipern) para garantir o pagamento de atrasados da Parcela Autônoma de Equivalência, a PAE, a procuradores e promotores de justiça aposentados, o governo do Estado teima em não se reconciliar com a categoria, efetuando-lhe sem traumas o repasse, conquistado em decisão judicial transitada em julgado.
É o que lastima uma das maiores unanimidades a favor entre os operadores de direito potiguares dessa geração, septuagenário o procurador de justiça aposentado e advogado atuante Emanoel Alves Afonso.
Em mensagem que enviou ao Blog de Roberto Guedes, ele diz que o governador Robinson Faria só pode não estar sabendo da recalcitrância de quem, abaixo de suas ordens, descumpre a decisão, colocando recorrentemente o Ipern a vexames sem os quais trabalharia melhor.
Esta é, na íntegra, a mensagem de Emmanoel Afonso:
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[“Governo do Estado não cumpre decisão judicial
O Governo do Estado descumpre decisão judicial que restabeleceu o pagamento da PAE – Parcela Autônoma de Equivalência, e determinou sua ‘imediata implantação’ na folha de pagamento dos procuradores de justiça aposentados.
Em decorrência, mensalmente, são feitos ‘bloqueios judiciais’ nas contas do Ipern, objetivando o pagamento da referida parcela.
...já pediu a imposição de multa pessoal a Diógenes.
Quer parecer aos membros do Ministério Público atingidos por essa lastimável situação que o governador Robinson Faria desconhece totalmente esse fato, o qual só acarreta desgaste ao governo, bem intencionado, diga-se a bem da verdade”.]
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Multa pessoal
A situação criada com a insistência do executivo estadual de não providenciar regularmente o repasse a cada um dos procuradores aposentados, 28 ao todo, já os levou a pedir que a justiça aplique multa pessoal ao presidente do Ipern, o bancário aposentado José Marlúcio Diógenes Paiva, em face de descumprimento judicial. Mossoroense politicamente ligado à ex-governadora Rosalba Ciarlini, José Marlúcio tem um filho promotor de justiça.
A decisão pelo pagamento da PAE aos 28 procuradores foi adotada pelo juiz Cícero Macedo, da quarta Vara da Fazenda Pública de Natal. Desde então, porém, os pagamentos não vêm sendo feitos regularmente, o que levou o advogado Artêmio Azevedo, constituído pelos procuradores, a acionar o segundo grau.
O Tribunal de Justiça confirmou o entendimento de primeira instância. Como os pagamentos continuam sem ser feitos, Azevedo pediu que seja instituída a multa pessoal. Ele quer também que, caso prossiga o descumprimento, o processo seja remetido ao Ministério Público, para que se apure o caso na seara criminal.
Segundo o presidente do Ipern, não cabe à previdência pagar valores sobre a PAE, sobre a qual não incide contribuição previdenciária. Os procuradores em questão têm direito a valores mensais, cada um, em torno de sete mil reais, praticamente o valor do “auxílio-moradia” pagos sem problema aos agentes da ativa do ministério público.
Enquanto isto, como reconhece em despacho processual o juiz Airton Pinheiro, as varas de Fazenda de Natal estão lotadas de ações de cobrança subscritas por servidores aposentados.
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