sexta-feira, 29 de maio de 2015

Natal Shopping corta estacionamento de lojistas

Natal Shopping Center: cobrar estacionamento é hostilizar os lojistas.
A direção do Natal Shopping Center irritou nesta quinta-feira, 28, ontem, proprietários e dirigentes de lojas situadas no local ao lhes vetar o acesso gratuito às vagas de estacionamento em que seus veículos automotores passavam o dia ali, no chamado “horário comercial”, desde a inauguração do centro comercial, há 22 anos.
Sem esconder o mal-estar, vários gerentes de lojas reclamaram ontem, argumentando que passariam a pagar mais de dez reais por cada dia de presença dos veículos onde os consumidores estacionam, pagando seis reais pelas quatro primeiras horas de uso de cada vaga e um real por cada sessenta minutos em que se arrastar a locação momentânea de cada vaga.
Em termos individuais, esta conta deveria ficar em mais de 26 reais por mês, o que pesa em seus vencimentos. Alguns explicaram que a gratuidade fazia parte dos contratos trabalhistas que os vinculam aos donos das empresas.
Disputar com carretas
Bom número de comerciários que atuam no local admitiu que desde a manhã de ontem procuram deixar seus carros no entorno do Natal Shopping Center, onde não encontrarão a proteção com que contavam no estacionamento da casa. Os funcionários atingidos disseram que ainda nesta sexta-feira discutirão objetivamente a questão com os donos das lojas tendo em vista que o entendimento bilateral está sendo afetado, impositivamente, por um ente que participava deles sem comparecer às reuniões e sem exercitar direito a voto.
Para os comerciários, o concorrente  Midway Mall é um centro comercial,...
Imaginam que outros entes serão atraídos para questão. Seriam os donos das franquias que respondem pela imensa maioria dos estabelecimentos comerciais presentes ao shopping. A grande maioria dos franquiadores é do centro-sul do país. De Natal, mesmo, pelas suas contas, há apenas umas dez marcas, como as redes de lojas Ecológica, Riocenter e Tolli e de óticas A Graciosa. Mas neste caso o negócio é diretamente explorado pelos donos das redes, não por franquiados.
De acordo com os funcionários, também o movimento de entrada e saída de mercadorias, pequenos móveis e objetos de decoração entre as lojas e os automóveis que eles utilizam começou a ser drasticamente afetado ontem.
Até anteontem, eles usavam as vagas dos estacionamentos do centro comercial como áreas de embarque e desembarque desses objetos. Agora, são obrigados pela administração do Natal Shopping a desenvolver esta atividade nas docas do estabelecimento, onde ao longo desses anos só operavam caminhões e carretas. Segundo lhes consta, todo shopping center garante o estacionamento gratuito ao lojista e aos prepostos indicados por este.
Evasão
Os comerciários não entendem a causa da proibição, porque não falta espaço na área de estacionamento do Natal Shopping, que foi extraordinariamente ampliada há pouco tempo. Eles procuram o motivo no desempenho das vendas. Alguns dizem que as contas das quatro âncoras do centro comercial - Rio Center, Renner, Lojas Americanas e C&A – sugerem que o tempo é de vacas magras.
Ainda segundo eles, ninguém se surpreenda se de repente algumas marcas notórias começarem a sair do estabelecimento, porque a convivência está se tornando impraticável. Segundo dizem, os maiores lojistas reclamam porque o aluguel está muito alto. A “rádio peão” do centro comercial tem muitas informações sobre operações desse tipo em curso.
..., enquanto o Natal Shopping quer ser um estacionamento incentivado por lojas.
Responsável pela atração de grande número de natalenses ao shopping center, o Banco do Brasil está saindo de lá porque achou inaceitável o reajuste que os donos do centro comercial querem impingir ao aluguel mensal do espaço que ocupa em posição pouco estratégica da planta baixa do local. Abandonando a incubação emprestada pelo centro comercial, o banco resolveu reabrir a loja com porta diretamente para a rua, melhor dizendo, para a estrada, ao lado de uma agência que a Caixa Econômica Federal está instalando no trecho da BR 101 margeado pelo conjunto residencial Neópolis.   
Paralelamente, a Cinépolis, a maior rede de cinemas da América Latina, reexamina continuar a operar seis salas do centro comercial, inclusive uma definida como “Vip”, que dispõe de serviços diferenciados.
Ex-centro lojista
O fim do estacionamento gratuito obrigou funcionários das lojas a comparar o Natal Shopping com estabelecimentos congêneres e assim a chegar a conclusões que intrigam. Uma é a de que o estabelecimento cada vez mais quer ser um estacionamento cercado por lojas, e não um shopping center.  O maior shopping center de Natal, o Midway Mall, que serviria de exemplo, não apenas recebe gratuitamente os veículos dos lojistas e ajudantes destes. Ele nem cobra estacionamento aos consumidores. Segundo dizem, por não cobrá-lo o Midway Mall deixa mensalmente de faturar uns sete a oito milhões de reais.
Mas esta renda, garantem, chega aos donos do shopping não como efeito de cobrança direta de estacionamento, mas através do que as lojas lhe repassam em função de suas vendas.
“O que não paga de estacionamento, o cliente gasta nas lojas e na praça da alimentação”, garante um gerente de loja do Natal Shopping Center a respeito de como a questão é tratada pelo controlador do Midway Mall, empresário Nevaldo Rocha, um dos maiores Midas que o Brasil já ofereceu ao mundo.
Na visão do gerente, há muito tempo a maior parte da receita do Natal Shopping Center deixou de ser gerada nas lojas para ser capturada nas suas 1,3 mil vagas de estacionamento. É por isto que, diferentemente do Midway Mall, nas alamedas dali muitas pessoas são vistas passeando sem transportarem sacolas de compras carregadas.
“Faz muito tempo que o Natal Shopping deixou de ser um centro lojista para ser um estacionamento alimentado pelo magnetismo das lojas”, diz um gerente, pedindo anonimato a fim de não atrair admoestações para si ou para a loja a que serve. 
Hostilizando
Na visão dos comerciários, a extensão da cobrança do estacionamento aos lojistas é uma das muitas medidas que os atuais donos do Natal Shopping Center vêm adotando em rota de colisão com a população e o empresariado natalenses, aos quais, na sua visão, a casa chega mesmo a hostilizar.
A primeira foi justamente a imposição da taxa de estacionamento aos clientes. A mais recente do que chamam de “essas agressões” havia sido o afastamento sistemático de companhias potiguares que ajudaram o Natal Shopping a ser firmar desde que abriu suas portas, em 1992.
Esta expulsão começou a se corporificar depois que o grupo que implantou o centro comercial, liderado pelos ex-senadores Fernando Bezerra e Geraldo Melo, transferiu o controle do Natal Shopping Center a uma empresa fluminense, que seria dona de dezenove estabelecimentos congêneres. Em 2007 o Natal Shopping foi adquirido pela Ancar Ivanhoe e BRMalls, que juntas detêm 100% de sua propriedade.
Enquanto mostrava as portas de saída para empresas como a rede de óticas Jóia e outras marcas natalenses, a nova proprietária do centro comercial impunha ao local franquias do centro-sul que preferivelmente confiassem suas representações a empresários trazidos de outras praças.
Supermercado
Considerado como “tradicional”, “familiar”, “aconchegante” e “seguro”, segundo uma pesquisa que a Ancar atribui ao Instituto Brasileiro de Opinião Pública e Pesquisa (Ibope), o Natal Shopping Center é o preferido pelas classes A e B de Natal. Segundo os lojistas, o levantamento diz que 52% dos consumidores natalenses frequentam o Natal Shopping e os 26,2 mil metros quadrado de área bruta locável de suas 170 lojas pelo menos uma vez por semana.
Uma presença destas deveria recomendar três ou quatro decisões capazes de melhorar progressivamente o relacionamento entre o centro comercial e a clientela. Uma seria realizar, finalmente, o compromisso assumido com os clientes ainda quando o shopping center era propaganda e promessa. É a de fazê-lo abrigar um grande supermercado como âncora.
“Muitos clientes do Natal Shopping vêm aqui, compram algumas coisas e saem a pé para comprar no Carrefour o que precisam de supermercado, nesta ou na ordem inversa”, diz um gerente.
“Alguns clientes preferem estacionar no Carrefour, passar algum tempo no Natal Shopping e depois voltar ao supermercado para retirar seu carro de um estacionamento em que não lhe cobram pela permanência do veículo”, acrescenta.  
Outra providência que consideram capaz de aumentar o fluxo de compradores no Natal Shopping atingiria diretamente o estacionamento. Seria reduzir gradativamente a cobrança até igualar-se quanto à rubrica ao Midway Mall. Segundo uma pesquisa que os comerciários atribuem à revista "Veja", a grande maioria dos clientes de shopping center possui automóvel e escolhe o centro comercial em função, principalmente, do estacionamento, levando em consideração o fato de pagar, não pagar ou pagar o mínimo pela vaga. Uma terceira seria reabrir espaço para lojas locais que poderiam crescer se o Natal Shopping não quisesse substituir as daqui por empreendedores de fora.
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Um comentário:

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