Mantida a tradição iniciada com a derrota de Pereira, diante de Margarida... |
A quebra de padrão pela presidente Dilma
Rousseff afastou nesta sexta-feira, 29, ontem, a advogada natalense Lúcia Jalles
da ascensão ao quadro de desembargadores que integram o Tribunal Regional
Federal (TRF) da quinta região, sediado em Recife e presidido pelo seu conterrâneo
Marcelo Navarro Ribeiro Dantas.
Tendo que nomear o advogado que sucederia
na corte pernambucana à desembargadora Margarida Cantarelli, Dilma desconsiderou
o fato de Lúcia ocupar o primeiro lugar da lista tríplice que lhe havia sido
encaminhada pelo presidente do Superior Tribunal de Justiça (STJ), ministro
Francisco Falcão, e entregou a cadeira ao segundo colocado, o cearense Cid
Marconi Gurgel de Souza.
Desde sua posse, há cinco anos, Dilma
sempre disse que toda vida, ao ter de escolher algum integrante de lista,
nomearia o primeiro colocado. Mantido o critério, Lúcia, líder da Associação
Nacional de Mulheres de Carreira Jurídica, estaria agora comemorando a nomeação
e negociando a data de sua posse perante Marcelo e os demais integrantes da
corte regional.
...Lúcia Jalles pode subir para uma das cortes superiores, em Brasília. |
Rumo
a Brasília
Esta foi a segunda vez em que um
norte-rio-grandense sobrou na disputa pela cadeira desde que a Constituição de
1988 criou os cinco tribunais regionais existentes até hoje. Na primeira tentativa,
no início dos anos noventa, o natalense Emmanoel Pereira foi vencido exatamente
por Cantarelli, cuja candidatura era patrocinada pelo então vice-presidente da
república Marco Antonio Maciel, a quem servira no governo pernambucano.
Se a história se repetir, a sequência de
perdas não deve doer muito em Lucia Jalles, pois alguns meses depois de
soçobrar na curva pernambucana Emmanoel Pereira passou a ser ministro do
Tribunal Superior do Trabalho (TST), onde hoje é quase decano.
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