terça-feira, 5 de maio de 2015

Crise opõe primeira dama à chefe da Casa Civil

Robinson, entre Tatiana e Julianne (D): exoneração elevou Júlio César.
A mais nova crise de que se tem notícia a opor aliados do governador Robinson Faria mantém em lados opostos a primeira dama do Estado, advogada Julianne Faria, secretária de Trabalho e Bem-Estar Social, e a chefe do Gabinete Civil, sua colega Tatiana Mendes Cunha.
Segundo fontes da Governadoria, o “affaire” foi motivado por uma nomeação e está na raiz de mudanças ocorridas recentemente na Casa Civil cujas causas vinham sendo atribuídas somente a desentendimentos entre Tatiana e o deputado estadual Fernando Mineiro (PT), o candidato de Robinson à prefeitura de Natal em 2016.
Eles contam que Julianne encaminhou a Tatiana determinação para efetivar uma nomeação em sua área e a Chefe da Casa Civil não a providenciou, dizendo-lhe haver impedimento neste sentido. Depois de consultar o marido sobre as razões do impedimento e certificar-se da inexistência deste, Julianne se entendeu com o também advogado Júlio César Soares, que era o braço-direito de Tatiana, assegurando-se da eficácia de sua determinação.
Desempregado...
Tatiana só soube da nomeação que vetara ao lê-la no “Diário Oficial do Estado”, procurou se informar sobre quem a promovera e, ao cobrar lealdade a Júlio César, terminou se desentendendo com o colaborador.
Os funcionários do Gabinete Civil dizem que este desentendimento pesou mais do o conflito entre Tatiana e Fernando Mineiro, este por conta de uma nomeação do produtor cultural Berg Oliveira Nóbrega, que ela providenciara, no âmbito da Fundação José Augusto, para a direção do teatro Adjuto Dias, em Caicó.
Como este e outros blogs registraram, em poucos minutos, entre o encaminhamento por Tatiana e a edição do ato no “Diário Oficial do Estado”, Mineiro fez abortar a nomeação de Berg, conseguindo que na manhã seguinte o nome presente ao diploma publicado fosse outro muito diferente do que Tatiana designara ao presidente da fundação cultural, o ator Rodrigo Bico. O contemplado foi Alexandre Muniz.
Por este episódio, Júlio César terminaria desempregado, a despeito de mobilizar aliados em Ceará Mirim, seu reduto eleitoral, para que Robinson o mantivesse no cargo ou pelo menos em outro posto do estafe governamental.
...e alçado a presidência
Sabe-se agora que na verdade foi de Julianne o prestigio que nomeou Julio César para presidir a Empresa Gestora de Ativos do Rio Grande do Norte (Emgern). Os funcionários souberam que ela chegou a pedir ao marido a exoneração de Tatiana, lembrando que antes esta lhe havia criado problemas junto a Mineiro e ao deputado estadual José Dias (PSD), motivando a renúncia deste à liderança da bancada governista na Assembléia Legislativa. Robinson ponderou que não poderia defenestrar a auxiliar por ser uma pessoa de sua confiança e, principalmente, tratar-se de um dos primeiros amigos a assumir riscos para apoiar sua candidatura a Governador.
Conciliatoriamente, Julianne propôs uma providência que elevasse a condição de Júlio César. A solução o protegeu da pressão exercida por Tatiana e o submete a uma prova. Cabe-lhe dar sentido à Emgern, estatal cuja inocuidade foi atestada há poucos meses pelo Governador. De fato, Robinson excluiu a Emgern das gestões que manteve em Minas Gerais e com o ministério público potiguar com o objetivo de cobrar mais de um bilhão de reais inscritos na dívida ativa do executivo estadual.
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Um comentário:

  1. Na verdade é Secretaria de Estado de Trabalho Habitação e Assistência Social

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