Anteprojeto trabalhista de Robinson provocou risos e... |
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beneficiada seria exatamente a dos advogados, para quem o Governador estipula
um salário mínimo de 1,3 reais, menos da metade do que percebe no Rio Grande do
Norte um soldado em começo de carreira na Polícia Militar e mais de vinte vezes
do que o salário que o próprio Robinson se atribuiu ao tomar posse, em janeiro
último.
Rosalba engavetou
O texto da
informação oficial divulgada através da internet é específico ao dizer que o
projeto de lei complementar “institui, no âmbito do estado, o piso salarial
para os advogados em exercício profissional na iniciativa privada”.
...e críticas entre advogados, exceto em Magna Letícia. |
Pela mesma fonte,
tem-se que “o anteprojeto de Lei Complementar que institui o piso salarial para
os advogados foi entregue ao Governo em agosto de 2013. O projeto foi analisado
pelo Executivo da atual gestão e hoje foi enviado à Assembléia Legislativa para
que seja submetido à aprovação. De acordo com o Projeto, o piso salarial do
advogado será de 1.300,00 reais mensais para os que cumprem jornada de trabalho
de até vinte horas semanais, e de 2.600,00 reais mensais para quem cumpre jornada
de quarenta horas semanais”.
Ridículo
“É ridículo”, disse
ao Blog de Roberto Guedes um conhecido
advogado que pediu anonimato para não se incompatibilizar pessoalmente com os
colegas que se destacam na assessoria jurídica de Robinson, como Tatiana Mendes
Cunha, chefe da Casa Civil, Francisco Rilkie Rebouças Júnior, procurador geral,
e Eduardo Antônio Dantas Nobre, consultor geral. “Nem parece que o Governador é
advogado”, acrescentou, sugerindo, porém, que ao longo da vida Robinson foi
apenas político e filho de empresário, sem qualquer exercício de prática
jurídica.
“Expuseram o
Governador ao ridículo”, disse outro causídico, imaginando que a Assembléia
Legislativa devolverá o anteprojeto à Governadoria por inepto. “É o que
qualquer juiz faria se recebesse uma coisa assim sem pé e nem cabeça”,
justificou.
Nem todos advogados, porém, riram da iniciativa. Segundo a advogada Magna Letícia Câmara, procuradora de carreira do Estado e durante muitos anos integrante do estafe da Procuradoria, apesar de a competência para a fixação de salários pertencer à União há espaço para que os governadores promovam uma regulamentação da matéria para a respectiva unidade federativa. Em nenhum momento a informação governamental pelo menos aludiu à brecha legal encontrada pela procuradora.
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