Por Ricardo Ramalho:
A tecnologia das muretas de pedras como passaram a ser conhecidas,
utilizando-se adaptações locais, é de baixa complexidade e plenamente
aplicável pelos agricultores familiares, sem a presença de técnico
especializado. Assim sendo, é facilmente replicada.
Consiste, basicamente, nas etapas de: a) determinação do maior nível
de declive, usando-se como instrumento, um nível de mangueira; b)
marcação das niveladas básicas ou curvas de nível, utilizando-se balizas
e piquetes rústicos; c) escavação de valas com pequenas dimensões
médias de 20 cm de profundidade e 40 cm de largura; e d) empilhamento
das pedras, obedecendo às curvas de nível, com altura média de 80 cm.
Uma série de outras práticas conservacionistas como aração e plantio
em nível, controle de queimadas, armazenamento de água, valorização da
biodiversidade e manutenção da reserva legal são complementares à
tecnologia principal.
As muretas de pedras produzem importantes resultados que,
rapidamente, se convertem em benefícios diretos e indiretos para a
unidade de produção familiar. O principal, entretanto, é livrar a área a
ser cultivada da inconveniência da alta pedregosidade existente. Desta
forma, a presença de pedras, até então um grave problema, se transforma
em solução. Citam-se como efeitos positivos: a) maior infiltração das
águas pluviais e retenção de umidade do solo; b) diminuição da erosão
hídrica e eólica; c) aumento da fertilidade e consequente elevação da
produção e produtividade agropecuária; d) ampliação da biodiversidade;
e) ampliação da área de cultivo pela retirada das pedras, empecilhos
para os plantios; e f) nível de conscientização ambiental elevado.
Ressaltem-se os efeitos positivos na autoestima das famílias e na
sociabilização comunitária, impulsionada com a intensificação da
convivência entre moradores e visitantes.
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