Maquete do porto projetado para Natal veiculada hoje pelo "Novo Jornal". |
O Rio Grande do Norte não precisa
gastar com muitos estudos e consultoria - que a tudo fermenta - para elaborar
honestamente um projeto para a implantação de um porto na margem esquerda do
estuário Potengí, em Natal, anunciado na semana passada pelo governador
Robinson Faria.
E não porque um projeto neste
sentido tenha sido “elaborado” em poucos dias por um ente privado comandado
pelo suplente de senador Jean-Paul Prates (PT).
Quase todo o projeto de uma
grande unidade portuária para mudar o por do sol do Potengi foi legado ao Rio
Grande do Norte pelo falecido almirante Artur Ricart da Costa quando trouxe o
comando do Terceiro Distrito Naval de Recife para Natal.
Novo projeto para um porto à esquerda do Potengí será mostrado em julho... |
Usando essa base, o Rio Grande do
Norte pode economizar muito em dinheiro, ganhar tempo e inserir o projeto no
grande e requentado plano de investimentos em logística que Brasília divulgou
há poucas semanas.
É bom salientar isto ainda nesta
quarta-feira, 24, hoje, como fiz hoje na minha coluna semanal no “Novo Jornal”,
porque está tomando corpo em Natal a impressão de que o Estado tende a encampar
o projeto, lançado há poucos dias pelo economista e advogado Jean-Paul Prates,
suplente de senador pelo PT e uma das principais autoridades em energia nesta
parte do mundo.
...pelo suplente de senador Prates. |
Imprescindível é conhecer o projeto que
a marinha de guerra elaborou nos anos setentas porque nele estão as bases do
que pode vir a ser uma grande alavanca para o desenvolvimento econômico do Rio
Grande do Norte.
E é bom também completar o projeto, a
ser lançado em julho, como anuncia a mídia, com suas melhores conexões com os
ramais ferroviários existentes no Rio Grande do Norte. Talvez, até, para esta
unidade federativa, tão ou mais importante ou do que o empreendimento portuário
em Natal seja montar uma malha que traga para ele produtos do Seridó e do Oeste.
Terceira ponte
O novo Porto de Natal não parte da
premissa de desativação do atual porto, que deverá ser reconfigurado
para usos específicos e especializado em passageiros e cargas de alto
valor agregado. Na nova área de expansão (8,7 km2), bem mais ampla e
mais acessível por terra e por água, seria instalado um complexo
portuário de importância continental - inédito na região Nordeste por
se localizar em ambiente operacional de águas protegidas, ainda assim,
capaz de comportar os grandes cargueiros atuais, tanto graneleiros
quanto de containers.
O novo complexo seria composto de um
cais de 2.500 metros com 600 metros de largura, um canal de acesso de
250 metros de largura e iniciais 15-17 metros de calado com uma baía de
manobra/evolução de 600 metros de diâmetro. Além disso, comportaria
integração ferroviária e rodoviária com o Aeroporto de São Gonçalo do
Amarante e com as Zonas de Processamento para Exportação (ZPEs) e
distritos industriais da Grande Natal.
Terceira ponte sobre o Potengí é parte do projeto do porto. |
O projeto também incorpora a construção da
Terceira Ponte sobre o Rio Potengi, cuja concepção arquitetônica e
urbanística é sugerida na proposta. “O projeto não é só de um Porto, e
sim uma revisão total da configuração urbana das margens do Rio Potengi
naquele importante trecho que se estende da Ponte do Igapó até a Ponte
Newton Navarro. Uma intervenção deste porte, força uma revitalização
geral, com benefícios que vão além dos usuais que um projeto destes
traria. Um exemplo é o efeito positivo que trará o novo porto do Rio de
Janeiro, entre outros exemplos mundo afora” afirma Prates.
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150624).
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