Oração de São Francisco de Assis
Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz.
Onde houver ódio, que eu leve o amor;
Onde houver ofensa, que eu leve o perdão;
Onde houver discórdia, que eu leve a união;
Onde houver dúvida, que eu leve a fé;
Onde houver erro, que eu leve a verdade;
Onde houver desespero, que eu leve a esperança;
Onde houver tristeza, que eu leve a alegria;
Onde houver trevas, que eu leve a luz.
Ó Mestre, Fazei que eu procure mais
Consolar, que ser consolado;
compreender, que ser compreendido;
amar, que ser amado.
Pois é dando que se recebe,
é perdoando que se é perdoado,
e é morrendo que se vive para a vida eterna.
São Francisco de Assis
Legítimo sucessor das mais ancestrais
confrarias consuetudinárias de Natal, desde a Cova da Onça e dos áureos tempos
do Grande Ponto, o Senadinho Natalense vem, por intermédio de seu presidente
vitalício eleito e proclamado pelo seu consenso, externar o imenso pesar que o
invadiu na tarde deste domingo, 20, ontem, quando recebeu a notícia do passamento
do jornalista e político AGNELO ALVES.
Sem prejuízo de sua plena dedicação à
vida pública, através da política e do jornalismo, atividades que sempre exerceu
com inegável paixão, nos últimos anos de sua existência terrena, ainda quando
exercia seu último mandato como Prefeito de Parnamirim, após tê-lo sido em Natal
e haver se destacado como diretor do Banco do Nordeste e como Senador da
República e bem como depois de ser empossado Deputado Estadual, Agnelo Alves
muito nos honrou ao espontaneamente se integrar à nossa irmandade.
Incontáveis foram as tardes em que
nossos encontros cotidianos em espaços do Natal Shopping Center, que mais
recentemente nos abriga nas imediações do “Café da Praça”, na praça da
alimentação, foram enriquecidas com suas idéias, sua verve, sua lhaneza e sua
imensa capacidade de ouvir.
Sabíamos, todos nós, o quanto nossa
confraria lhe tirava tempo, e todos procurávamos compensá-lo com a melhor
interação, de sorte que estar conosco também lhe fosse agradável, nobilitante,
enriquecedor no sentido mais elevado do termo. Sofríamos ao sabê-lo achacado
por problemas de saúde que não podíamos eliminar, e procurávamos, malgrado
nossas limitações no campo dos conhecimentos ligados à medicina, ajudar com o
que tínhamos para que avançasse sempre sobranceiramente como era de seu estilo.
Em especial sofremos nos meses de maio e
de junho deste 2015 com as informações sobre novos incômodos, que o internaram
na Casa de Saúde São Lucas e depois no hospital Sírio Libanês, em São Paulo, onde
o Criador o resgataria ontem para a vida plenamente espiritualizada, e vibramos
em meados da semana passada quando sua volta da Unidade de Terapia Intensiva
(UTI) nos animou a acreditar que voltaria logo ao nosso convívio material em
Natal.
Subitamente, porém, o impacto da
informação sobre sua passagem nos chegou tão cedo quanto era forte sua ligação
conosco. Antes que os mais céleres meios de comunicação atuantes na Região
Metropolitana Potiguar a transmitissem, a notícia do desencarne de Agnelo Alves
desembarcou em nossas mesas, alterando marcantemente a reunião de nosso domingo
com a necessidade que todos compartilhamos de fazê-la chegar a todos os
confrades, a fim de que todos, sentindo-a no mais íntimo de seus corações,
passassem da sensação de perda à constatação de que todos podemos nos regozijar
pelo privilégio que desfrutamos de tê-lo como amigo.
Não é lugar comum, nem é reduzir a
questão ao sentido mais simples, pelo contrário, é dever de justiça dizer que
este passamento impõe uma perda muito grande ao Rio Grande do Norte e mais
especificamente aos municípios que mais contaram com as sempre muito bem
orientadas dedicação e atuação política de Agnelo Alves, mas indispensável e
reconhecermos que seu legado remanescerá como sedimento de espírito público,
acuidade e zelo na defesa do bem comum.
Enquanto proclamamos nosso respeito ao
Jornalista e ao Político Agnelo Alves e agradecemos ao Criador pelo privilégio
de tê-lo durante tantas e profícuas décadas junto a nós; enquanto apresentamos
nossa solidariedade à família enlutada, nas pessoas de sua viúva, Celina, e dos
três filhos do casal, Agnelo, Carlos Eduardo, excelentíssimo Prefeito de nossa
Capital, e José Luiz, queremos espargir a partir daqui a homenagem mais eloqüente
que nossa confraria poderia prestar a um de seus membros. Para isto, partimos
da constatação de que todos colhem o que semearam, e Agnelo Alves procurou, a
vida inteira, lançar luzes sobre os campos tenebrosos dos problemas que afetam
nosso povo, do reconhecimento de que sempre agiu com muito altruísmo,
notadamente no cuidar da rês pública, e traduzindo em ações concretas a
necessidade de ter o bem estar do próximo como meta e razão de lutar.
Nosso desejo, o desejo de todos que
constituem nosso Senadinho Natalense, é o de que ao viajar rumo ao seio do Senhor
que a tudo criou e comanda Agnelo Alves, continuando a ser caracterizado por
suma imensa lealdade aos amigos e conterrâneos, passe agora a exercer lá em cima
seu mais novo mandato, intercedendo decisivamente, na bancada potiguar junto à
cúpula dos Céus, em defesa deste nosso Rio Grande do Norte.
Manhã de Natal, segunda-feira 22 de
junho de 2015
Meroveu Pacheco Dantas
Presidente Vitalício da
Confraria do Senadinho Natalense
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