Segundo George
Ramalho, ex-presidentes da Câmara de Diretores Lojistas desta capital estão se
reunindo e querem organizar os comerciantes presentes ao lojistas do Natal
Shopping Center para que possam enfrentá-lo e fazê-lo reconsiderar medidas com
que estão inviabilizando a atividade comercial no estabelecimento.
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George: medo de que os gestores do Natal Shopping Center.... |
“Do jeito que vai, isso aqui vai fechar,
e os donos não vão sofrer; quem vai ser prejudicado são os consumidores e os
comerciantes que interagem no shopping”. O diagnóstico foi formulado no início
da tarde desta quarta-feira, 17, hoje, pelo líder empresarial George Ramalho, a
respeito da ampliação experimentada nos últimos meses pelos conflitos entre a
direção do Natal Shopping Center e os lojistas instalados no estabelecimento. A
mais grave ofensiva dos gestores do shopping foi o reajuste de 66% que o
shopping impôs à taxa de permanência de automóveis no estacionamento situado
junto à sua praça de alimentação.
Diretor e ex-presidente da Câmara de
Dirigentes Lojistas (CDL) de Natal, George informou que a cúpula do
empresariado do comércio no Rio Grande do Norte está preocupada com as várias
atitudes com que os controladores do shopping center têm criado problemas para
os lojistas nele instalados.
Fechamento
dominó
“Só na semana passada fizemos duas
reuniões para tratar desses problemas disse, mostrando especial preocupação com
donos e funcionários das menores empresas presentes ao Natal Shopping, porque
nem todas destas podem suportar as pressões que o locatário lhes vem criando,
principalmente no tocante ao reajuste dos aluguéis dos espaços que ocupam ali.
...terminem esvaziando o estabelecimento, como fizeram.... |
O fechamento que se descortina diante do
shopping center seria decorrência da decisão que alguns lojistas locais
anunciam em conversas com colegas no sentido de fechar seus estabelecimentos
por não mais poderem atender à voracidade do locador.
Segundo líderes
empresariais, o fechamento poderá se dar em verdadeiro “efeito dominó”, uma
loja atrás da outra.
Indiferença
à crise
O depoimento de George reforça o que foi dado na semana ao Blog de Roberto Guedes pelo seu colega Afrânio Miranda, presidente da Federação de Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), que se irresigna contra admoestações com que o Natal Shopping estaria tirando o sono dos lojistas dos quais deveria ser parceiro.
O mais grave nesta situação, diz George,
é a insensibilidade demonstrada pelos controladores do estabelecimento.
“Todo mundo sabe que o Brasil está em
crise econômica e que para pelo menos sobreviver toda empresa precisa se
reajustar, e uma organização destas só faz impor aumentos de custos aos
pequenos lojistas com os quais deveria manter uma boa sinergia, levando alguns
ao desespero”, lastimou.
...com seu estacionamento mais antigo, ao reajustar a tarifa em 66%, e,... |
As mais recentes demonstrações do desejo de colidir com os lojistas foram as que esvaziaram o estacionamento mais antigo do Natal Shopping Center e a praça da alimentação do estabelecimento. A penúltima foi passar a cobrar taxa de estacionamento no local aos lojistas, que o utilizavam gratuitamente desde a abertura do centro comercial, há 22 anos.
A última foi o reajuste tarifário de 66% divulgado como criação de um "estacionamento VIP" no mesmo local. O esvaziamento do estacionamento se refletiu horas depois da da cobrança a mais, no das mesas da praça da alimentação, para verdadeiro desespero de dirigentes e funcionários de empresas do setor que as rodeiam
George só encontra uma explicação para
este comportamento:
“No Brasil, poucos shopping centers têm um dono, um
controlador, que seja empresário. Transformaram fundos de pensão, impessoais,
em donos desses estabelecimentos e os confiaram a um ‘CEO’ que nunca soube o
quanto é exigente a arte de vender, a arte de compartilhar esse relacionamento
social com a clientela, e só quer ver o dinheiro entrando sem saber que estão
matando os parceiros”, disse, assegurando que ele e outros líderes da CDL que
controlam lojas no estabelecimento estão intensificando esforços no sentido de
organizar todos os lojistas no enfrentamento da situação.
Convencer
sem conflitar
Integrando uma rede de dezenove estabelecimentos
congêneres pertencentes à Ancar, empresa do centro-sul do país, o Natal
Shopping Center tipifica a situação: criado por empresários natalenses, há anos
ele passou a ser controlado por fundos de pensão, principalmente de trabalhadores
da área governamental, e sua gestão tem sido, mesmo, confiada a executivos que
nunca estiveram num balcão de bodega ou venderam sequer bilhetes de loteria.
...em decorrência, com a praça da alimentação do centro comercial. |
“Não queremos nos conflitar com ninguém”,
ponderou, “mas temos obrigação de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance
para que prevaleçam o bom senso e a necessidade de ninguém matar o paciente pensando
em salvá-lo”. Segundo ele, num momento difícil assim o importante é tentar
fazer com que os controladores do Natal Shopping Center reconsiderem as medidas
com que estão inviabilizando a atividade comercial no estabelecimento.
Admite, porém, que o enfrentamento será
inevitável, porque a indiferença cultivada pelos gestores do centro comercial
já os levaram a situações limites com diversos parceiros. O empresário Flávio
Alcides Araújo, controlador da rede de lojas Riocenter, terminou levando o
shopping à justiça, e o Banco do Brasil resolveu sair do centro comercial. Ele
está acabando de instalar num espaço à margem da BR 101, em Neópolis, a agência
que mantém há 22 anos no Natal Shopping Center.
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Roberto Guedes:
(Em 150617).
Muito bom Guedes... Vejo que não há parceria shopping e logistas. Nao há etica. Eles querem o ponto do logista para vender a outra marca, apresenrando planilhas irreais com valor atualizado .
ResponderExcluirMuito bom Guedes... Vejo que não há parceria shopping e logistas. Nao há etica. Eles querem o ponto do logista para vender a outra marca, apresenrando planilhas irreais com valor atualizado .
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