quarta-feira, 17 de junho de 2015

Líder empresarial diz que Natal Shopping vai durar pouco

Segundo George Ramalho, ex-presidentes da Câmara de Diretores Lojistas desta capital estão se reunindo e querem organizar os comerciantes presentes ao lojistas do Natal Shopping Center para que possam enfrentá-lo e fazê-lo reconsiderar medidas com que estão inviabilizando a atividade comercial no estabelecimento.
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George: medo de que os gestores do Natal Shopping Center.... 
“Do jeito que vai, isso aqui vai fechar, e os donos não vão sofrer; quem vai ser prejudicado são os consumidores e os comerciantes que interagem no shopping”. O diagnóstico foi formulado no início da tarde desta quarta-feira, 17, hoje, pelo líder empresarial George Ramalho, a respeito da ampliação experimentada nos últimos meses pelos conflitos entre a direção do Natal Shopping Center e os lojistas instalados no estabelecimento. A mais grave ofensiva dos gestores do shopping foi o reajuste de 66% que o shopping impôs à taxa de permanência de automóveis no estacionamento situado junto à sua praça de alimentação.
Diretor e ex-presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Natal, George informou que a cúpula do empresariado do comércio no Rio Grande do Norte está preocupada com as várias atitudes com que os controladores do shopping center têm criado problemas para os lojistas nele instalados.
Fechamento dominó
“Só na semana passada fizemos duas reuniões para tratar desses problemas disse, mostrando especial preocupação com donos e funcionários das menores empresas presentes ao Natal Shopping, porque nem todas destas podem suportar as pressões que o locatário lhes vem criando, principalmente no tocante ao reajuste dos aluguéis dos espaços que ocupam ali.
...terminem esvaziando o estabelecimento, como fizeram....
O fechamento que se descortina diante do shopping center seria decorrência da decisão que alguns lojistas locais anunciam em conversas com colegas no sentido de fechar seus estabelecimentos por não mais poderem atender à voracidade do locador. 
Segundo líderes empresariais, o fechamento poderá se dar em verdadeiro “efeito dominó”, uma loja atrás da outra.
Indiferença à crise
O depoimento de George reforça o que foi dado na semana ao Blog de Roberto Guedes pelo seu colega Afrânio Miranda, presidente da Federação de Câmaras de Dirigentes Lojistas (FCDL), que se irresigna contra admoestações com que o Natal Shopping estaria tirando o sono dos lojistas dos quais deveria ser parceiro. 
O mais grave nesta situação, diz George, é a insensibilidade demonstrada pelos controladores do estabelecimento.
“Todo mundo sabe que o Brasil está em crise econômica e que para pelo menos sobreviver toda empresa precisa se reajustar, e uma organização destas só faz impor aumentos de custos aos pequenos lojistas com os quais deveria manter uma boa sinergia, levando alguns ao desespero”, lastimou.
...com seu estacionamento mais antigo, ao reajustar a tarifa em 66%, e,...
As mais recentes demonstrações do desejo de colidir com os lojistas foram as que esvaziaram o estacionamento mais antigo do Natal Shopping Center e a praça da alimentação do estabelecimento. A penúltima foi passar a cobrar taxa de estacionamento no local aos lojistas, que o utilizavam gratuitamente desde a abertura do centro comercial, há 22 anos. 
A última foi o reajuste tarifário de 66% divulgado como criação de um "estacionamento VIP" no mesmo local. O esvaziamento do estacionamento se refletiu horas depois da da cobrança a mais, no das mesas da praça da alimentação, para verdadeiro desespero de dirigentes e funcionários de empresas do setor que as rodeiam   
George só encontra uma explicação para este comportamento: 
“No Brasil, poucos shopping centers têm um dono, um controlador, que seja empresário. Transformaram fundos de pensão, impessoais, em donos desses estabelecimentos e os confiaram a um ‘CEO’ que nunca soube o quanto é exigente a arte de vender, a arte de compartilhar esse relacionamento social com a clientela, e só quer ver o dinheiro entrando sem saber que estão matando os parceiros”, disse, assegurando que ele e outros líderes da CDL que controlam lojas no estabelecimento estão intensificando esforços no sentido de organizar todos os lojistas no enfrentamento da situação.
Convencer sem conflitar
Integrando uma rede de dezenove estabelecimentos congêneres pertencentes à Ancar, empresa do centro-sul do país, o Natal Shopping Center tipifica a situação: criado por empresários natalenses, há anos ele passou a ser controlado por fundos de pensão, principalmente de trabalhadores da área governamental, e sua gestão tem sido, mesmo, confiada a executivos que nunca estiveram num balcão de bodega ou venderam sequer bilhetes de loteria.  
...em decorrência, com a praça da alimentação do centro comercial.
“Não queremos nos conflitar com ninguém”, ponderou, “mas temos obrigação de fazer tudo o que estiver ao nosso alcance para que prevaleçam o bom senso e a necessidade de ninguém matar o paciente pensando em salvá-lo”. Segundo ele, num momento difícil assim o importante é tentar fazer com que os controladores do Natal Shopping Center reconsiderem as medidas com que estão inviabilizando a atividade comercial no estabelecimento.
Admite, porém, que o enfrentamento será inevitável, porque a indiferença cultivada pelos gestores do centro comercial já os levaram a situações limites com diversos parceiros. O empresário Flávio Alcides Araújo, controlador da rede de lojas Riocenter, terminou levando o shopping à justiça, e o Banco do Brasil resolveu sair do centro comercial. Ele está acabando de instalar num espaço à margem da BR 101, em Neópolis, a agência que mantém há 22 anos no Natal Shopping Center.
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(Em 150617).  




2 comentários:

  1. Muito bom Guedes... Vejo que não há parceria shopping e logistas. Nao há etica. Eles querem o ponto do logista para vender a outra marca, apresenrando planilhas irreais com valor atualizado .

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  2. Muito bom Guedes... Vejo que não há parceria shopping e logistas. Nao há etica. Eles querem o ponto do logista para vender a outra marca, apresenrando planilhas irreais com valor atualizado .

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