segunda-feira, 4 de maio de 2015

Dilma deu cargo, não ministério, a Henrique

Henrique, com Dilma: sem poder nomear ninguém.
Passados mais de quinze dias de sua posse na pasta, o novo ministro do Turismo, ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente do PMDB no Rio Grande do Norte, ainda não conseguiu delinear o estafe que gostaria de alojar no seu entorno, sugerindo que ao nomeá-lo a presidanta Dilma Rousseff lhe confiou um cargo e não um ministério de porteira fechada, como esperava.
Esta é a conclusão a que têm chegado acólitos do Ministro residentes em Natal observando que ninguém ligado a Henrique Eduardo foi ainda nomeado para seu estafe, numa situação diferente daquela em que o senador Garibaldi Alves Filho, seu primo e aliado no PMDB, assumiu em 2011 o ministério da Previdência. Nos primeiros dias ele colocou a seu lado alguns conterrâneos, a exemplo dos engenheiros Jaime Mariz de Faria e Lindolfo Sales e do jornalista José Wilde de Oliveira Cabral. Daí por diante, nomeou quem quis. 
Emprego
Na Previdência, Garibaldi Filho nomeou quem quis.
A comparação leva à conclusão de que a Garibaldi Filho a presidanta deu um ministério, mas a Henrique Eduardo assegurou apenas um cargo, diante da pressão que lhe fez neste sentido o comando nacional do PMDB. O fato de ele assumir na hora a condição de coadjuvante do vice-presidente Michel Temer na articulação política para Dilma chegou a sugerir que na prática seria mais aquinhoado do que se ficasse apenas com sua pasta, mas a realidade resume diferentemente a situação: Henrique Eduardo, que estava desempregado desde o início do ano, recebeu um emprego e pronto.
Sua situação lembra a de dois outros políticos potiguares que chegaram muito próximo a presidentes da República. Em 1983, o pai de Henrique Eduardo, o jornalista e político Aluizio, ganhou muito mais poder político do que o de seu cargo quando o governador eleito de Minas Gerais, o legendário Tancredo Neves, lhe entregou uma obscura diretoria de uma empresa estatal absolutamente desconhecida além desse Estado, a seguradora vinculada ao Banco do Estado (Bemge). Na mesma época, o hoje falecido ex-governador Tarcísio Maia assumiu uma diretoria da Petroquisa, fortíssimo braço da Petróleo Brasileiro S/A (Petrobras), mas ficou só no emprego, como Aluizio avaliava então.
Mala e cuia
Para consolo dos henriquistas potiguares, dizem, o Ministro não está nem alojando próximo a seu gabinete auxiliares que o acompanharam durante décadas na Câmara Federal e ele gostaria de levar para a Esplanada dos Ministérios. Citam um caso emblemático, que, como dizem, foi exposto na mais nova edição da revista “Época”, cuja capa aponta o ex-presidente Lula da Silva como operador de um grande esquema de tráfico de influência a serviço de construtoras.
.... na PetroquisaTarcísio Maia tinha emprego.
Aluizio nomeou muito e dizia que...
De fato, sob o título “De mala e cuia”, o jornalista Murilo Ramos escreveu na coluna “Expresso”, da “Época”:
“O ministro do Turismo, Henrique Alves, quer nomear Francisco Bruzzi, seu ex-faz-tudo na Câmara dos Deputados, para ocupar o cargo de secretário nacional de Políticas de Turismo. Bruzzei foi flagrado em 2007 pela Polícia Federal na Operação Navalha recebendo, no aeroporto de Brasília, uma ma mala. Segundo a PF, a mala estava cheia de dinheiro desviado de obras públicas. De aeroporto, Bruzzi entende bastante”.
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