Kalina vetou nomeação de Laurêncio

Kalina não quer Laurêncio em comando.

Foi só com a divulgação da notícia, e não com o seu conteúdo, que a secretária estadual de Segurança, delegada de polícia Kalina Leite, se surpreendeu esta semana ao ver neste blog que seu antecessor imediato na pasta, o general Eliéser Girão Monteiro Filho, havia confiado a chefia do setor que lidava com mais recursos na área, a um oficial que compartilhava com alguns companheiros de farda a condição de suspeitos de criarem dificuldades para vender facilidades no corpo de bombeiros, sua repartição de origem, em inquérito conduzido na repartição.

Segundo colaboradores de Kalina, é ela quem impede, desde o início do governo Robinson Faria, em janeiro último, a entrega de cargos de destaque do corpo de bombeiros militar ao coronel Laurêncio Menezes de Aquino, que até dezembro foi o coordenador de Planejamento Institucional e diretor do Fundo Especial de Polícia (Funsep).

Lobby

Mais especificamente, dizem, a Secretária impediu que o oficial assumisse, como pretendia e se dizia único habilitado por formação escolástica e patente, o posto de sub-comandante do corpo de bombeiros ou voltasse a dirigir, com os mesmos argumentos, o setor de engenharia da corporação, onde teria protagonizado os atos que o colocaram no centro das investigações.

Lembrando que quando era o braço direito do Secretário de Segurança Kalina já opunha resistência à entrega de poderes ao coronel, seus interlocutores asseguram que em dezembro, quando se expirava o governo Rosalba Ciarlini, Girão resolveu fortalecer Laurêncio ao devolvê-lo ao corpo de bombeiros. A intenção do General, quando ainda não se sabia que Robinson havia escolhido o coronel Otto Saraiva para comandar o corpo de bombeiros, era criar uma situação que transformasse Laurêncio, naturalmente, na bola da vez para ser o número 1 na torre de comando. Na época, recordam, entrou em campo um forte “lobby” visando convencer Robinson a transformá-lo em comandante geral.

Helicóptero

Muito ligada, há vários anos, ao então Governador eleito, e arvorando-se no conteúdo das investigações, a delegada aconselhou Robinson a evitar o retorno de Laurêncio nos termos pretendidos por Girão, mesmo sabendo que o coronel era um dos poucos oficiais da corporação que poderiam ocupar os postos de comandante geral, sub-comandante e chefe do setor de engenharia.   

Como diretor do Funsep, acrescentam, Laurêncio administrou um dos melhores orçamentos da administração estadual. Mais capitalizado do que toda a secretaria de Segurança, na época chamada De Defesa Social, o fundo é um mecanismo que assegura à pasta a flexibilidade necessária a grandes e urgentes aquisições, na imensa maioria das vezes negada à administração direta pelo direito administrativo em vigor.

Para se ter idéia, somente através do Funsep o governo do Estado pode adquirir o helicóptero da polícia militar quando o ministério da Justiça lhe forneceu recursos para incorporá-lo ao seu patrimônio. Muitas outras grandes mobilizações feitas pela pasta da Segurança no governo Rosalba Ciarlini foram viabilizadas com Laurêncio à frente do Funsep. 

Os auxiliares de Kalina acrescentam que, em vez de não conhecer minuciosamente as denúncias contra Laurêncio, ela quer que o processo seja conduzido até o julgamento em última instância, passando-se à punição dos que ela, com base nos autos, considera culpados. 
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Desculpem-me o tempo que o blog ficou sem postagem. Decorreu de problema ligado à tecnologia da informação.

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