Cassiano: primeira vítima potiguar identificada pela imprensa. |
É com uma semana de atraso em relação a
este blog que a mídia potiguar está registrando a ocorrência da “Zika Vírus” no
Rio Grande do Norte, algo que foi informado neste espaço virtual na última
sexta-feira, 8. Ela foi divulgada nesta quinta-feira, 14, ontem, nos demais
veículos da internet editados aqui, e hoje virou manchete nos dois jornais
impressos de Natal. Com um agravante: todos esses veículos mostraram que
tiveram como fonte um periódico do Rio de Janeiro, o matutino “O Globo”, o
qual, por sua vez, tomou por base informação oficial do ministério da Saúde. E
ainda omitem informações de ordem geográfica.
De modo geral, todos dizem que ao
confirmar a ocorrência de dezesseis casos de Zika no Brasil, o ministério da
Saúde os localizou apenas na Bahia e no Rio Grande do Norte, onde registrou
oito casos. Há uma semana já se sabia de casos verificados em Caicó antes que
as autoridades federais conhecessem a doença, que teria chegado ao Nordeste
brasileiro com torcedores atraídos pelos jogos da Copa do Mundo de Futebol de
2014.
Não há o menor registro às ocorrências
verificadas em João Pessoa, Paraíba, onde há mais de dez dias técnicos do
ministério da Saúde investigam suspeitas da presença da Zika em virtude de casos
com toda a sua sintomatologia, das manchas e erupções na pele à afetação dos
olhos com vermelhidão e irritação nos olhos, semelhantes às provocadas pela
conjuntivite. A nova notícia, aliás, expõe omissão maior.
Cassiano,
a primeira vítima
O “Novo Jornal” deixou escapar a
possibilidade de transmitir o depoimento de um natalense que sofreu com a nova
doença. Idealizador, criador e principal vetor do periódico, o jornalista
Cassiano Arruda Câmara informou que esteve na casa por causa da Zika ao
agradecer aos companheiros de redação que produziram sua coluna, “Roda Viva”,
durante o período em que ficou acamado por imposição da doença.
Cassiano foi a primeira vítima da Zika no
Rio Grande do Norte a ser identificada em meios de informação. Uma experiência
destas, principalmente em casa, valeria uma ampla reportagem em qualquer
jornal, e principalmente num periódico que tem a cara do paciente.
Esta atitude reflete e corresponde à
carência que os periódicos sofrem quanto à fonte oficial para ter notícia.
Poderiam dar desdobramento, ao longo de uma semana, à notícia da sexta-feira
passada, que desconheceram olimpicamente. Mas, de qualquer forma, pendurados ou
não ao oficialismo jornalístico, chegaram à doença e ajudam a alertar a
população sobre ela e como tentar evitá-la, se possível, o que não tem
acontecido aos natalenses no tocante à dengue.
Mais completas do que a que veiculei há
uma semana, as novas notícias acrescentam a possibilidade de o paciente sentir
fotofobia e detalham a interação entre a doença e as pessoas. Confirmando que
ela é transmitida pelo “aedes aegypti, o mesmo inseto que difunde a dengue e a
chikungunya, a informação de fonte oficial diz que a incubação da Zica é de
quatro dias, assim como a doença leva de dois a sete dias estorvando a vida do
paciente, que deve se tratar com paracetamol, o mesmo remédio indicado para
amenizar as dores provocadas pela dengue e pela chikungunya.
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