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| Sorrisos durante a reunião de anteontem em Natal não desarmaram a ameaça de greve. |
Os professores da
Universidade Estadual do Rio Grande do Norte (Uern) não confiaram na disposição
que o governador Robinson Faria tentou mostrar-lhes durante a audiência que os
uniu nesta sexta-feira, 15, anteontem, em Natal. Em Mossoró, sede da
instituição, reuniram-se ontem e anunciaram indicativo de greve em resposta à
palavra com que o chefe do executivo estadual procurou infundir-lhes a certeza
de tem boa vontade quanto a estudar seu pedido de reajuste salarial.
A única concessão
que fizeram ao crédito do Governador foi adiar por uma semana o início da
greve, confirmando-se a necessidade de mantê-la na ordem do dia.
O encontro deste
sábado não foi informal. Legalmente caracterizado como assembléia geral do
sindicato da categoria, a Associação dos Docentes da Uern (Aduern), teve como
agenda exatamente um exame do que foi dito e pactuado durante a audiência com
Robinson.
Eles deixaram claro
que foi um fiasco a audiência com Robinson, agendada com o objetivo cobrar ao
Governador o cumprimento do acordo salarial celebrado em maio de 2014 com sua
antecessora no cargo, a médica Rosalba Ciarlini. Quatro vezes ex-prefeita de
Mossoró, Rosalba foi um dos maiores responsáveis pelo êxito da candidatura de
Robinson à sua sucessão no ano passado e é novamente pré-candidata ao governo
de seu município.
Ela concordou com o
reajuste salarial de 12,035% para os professores e se comprometeu no sentido de
o Estado implementar o Plano de Cargos e Salários (PCS), antiga meta da
categoria.
Os professores
resolveram que a Aduern convocará uma nova assembléia geral para a próxima
sexta-feira, 22, e definir então um novo indicativo de greve para a
segunda-feira 25.
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