Robinson já aceita examinar pedidos de reajuste. |
Oito dias depois de
declarar que não poderá conceder reajuste a nenhum servidor, o governador
Robinson Faria mostrou nesta quinta-feira, 14, ontem, que recuou desta
determinação, abrindo um furo no dique que procurou construir com o objetivo de
inibir pressões salariais de diversas categorias. Em audiência com
representantes dos funcionários da Fundação Universidade do Estado (Uern),
sediada em Mossoró e presente em quase todo o território potiguar, ele
concordou em examinar o pleito e pediu prazo para lhes responder.
Ele disse que
precisa de uma semana para que o executivo tenha uma conclusão sobre a proposta
de reajuste de 12% que os funcionários defendem desde 2014. O pleito da
categoria, aliás, foi negociado com o Governo ainda no ano passado. Antes de se
pronunciar, Robinson o submeterá à Consultoria Geral do Estado, que lhe dará o
parecer definitivo.
Moralmente obrigado
“Não posso dizer
ainda nem que sim nem que não. O ‘sim’ é o que está na vontade do governador”,
sinalizou Robinson, após a audiência. Acrescentou que é preciso analisar
minuciosamente a situação pela ótica jurídica, já que o estado está no limite
legal da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na verdade, Robinson
está absolutamente sem condições morais de se negar reajustes a servidores
desde janeiro, quando se concedeu aumento salarial de quase 100%. O Rio Grande
do Norte se tornou, então, o estado brasileiro com maior reajuste de salário
para governador, vice-governador e secretários estaduais. Para se ter idéia, desde
janeiro, Robinson recebe remuneração maior que a do governador do estado de São
Paulo, Geraldo Alckmin, a despeito das desigualdades econômicas e tributárias
das duas unidades federativas.
Na passagem do ano
houve no Brasil aumento salarial para o primeiro escalão em apenas treze
estados, porque os outros catorze respeitaram as dificuldades econômicas
impostas ao país pela péssima condução da União pela presidanta Dilma Rousseff.
Aqui, a remuneração do chefe do Executivo estadual pulou de onze mil reais para
22 mil reais. O reajuste também se estendeu ao vice-governador Fabio Dantas e
secretários de Estado, que a partir de agora recebem mensalmente 17,5 mil reais
e catorze mil reais, respectivamente.
==========================
Siga e recomende o Blog de Roberto Guedes:
Nenhum comentário:
Postar um comentário