sexta-feira, 15 de maio de 2015

Robinson recua e quer examinar pedido de reajuste

Robinson já aceita examinar pedidos de reajuste.
Oito dias depois de declarar que não poderá conceder reajuste a nenhum servidor, o governador Robinson Faria mostrou nesta quinta-feira, 14, ontem, que recuou desta determinação, abrindo um furo no dique que procurou construir com o objetivo de inibir pressões salariais de diversas categorias. Em audiência com representantes dos funcionários da Fundação Universidade do Estado (Uern), sediada em Mossoró e presente em quase todo o território potiguar, ele concordou em examinar o pleito e pediu prazo para lhes responder.
Ele disse que precisa de uma semana para que o executivo tenha uma conclusão sobre a proposta de reajuste de 12% que os funcionários defendem desde 2014. O pleito da categoria, aliás, foi negociado com o Governo ainda no ano passado. Antes de se pronunciar, Robinson o submeterá à Consultoria Geral do Estado, que lhe dará o parecer definitivo.
Moralmente obrigado
“Não posso dizer ainda nem que sim nem que não. O ‘sim’ é o que está na vontade do governador”, sinalizou Robinson, após a audiência. Acrescentou que é preciso analisar minuciosamente a situação pela ótica jurídica, já que o estado está no limite legal da Lei de Responsabilidade Fiscal.
Na verdade, Robinson está absolutamente sem condições morais de se negar reajustes a servidores desde janeiro, quando se concedeu aumento salarial de quase 100%. O Rio Grande do Norte se tornou, então, o estado brasileiro com maior reajuste de salário para governador, vice-governador e secretários estaduais. Para se ter idéia, desde janeiro, Robinson recebe remuneração maior que a do governador do estado de São Paulo, Geraldo Alckmin, a despeito das desigualdades econômicas e tributárias das duas unidades federativas.
Na passagem do ano houve no Brasil aumento salarial para o primeiro escalão em apenas treze estados, porque os outros catorze respeitaram as dificuldades econômicas impostas ao país pela péssima condução da União pela presidanta Dilma Rousseff. Aqui, a remuneração do chefe do Executivo estadual pulou de onze mil reais para 22 mil reais. O reajuste também se estendeu ao vice-governador Fabio Dantas e secretários de Estado, que a partir de agora recebem mensalmente 17,5 mil reais e catorze mil reais, respectivamente.
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