domingo, 19 de julho de 2015

Cinco mil querem protestar amanhã contra prefeito

O número de confirmações para o evento, previsto para a partir das 17 horas diante do shopping center Via Direta, está registrado em redes sociais que os organizadores do movimento mobilizam principalmente desde anteontem, quando o Conselho Municipal de Transportes homologou o reajuste para 2,65 reais decidido pelo prefeito Carlos Eduardo Alves.
Estudantes lideram convocação contra Carlos Eduardo.
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Roberto Guedes
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Quase cinco mil internautas natalenses confirmaram presença, nesta segunda-feira, 20, amanhã, no ato público contra o reajuste que o prefeito Carlos Eduardo Alves impôs anteontem ao preço da passagem de ônibus em Natal. Eles querem começar a se reunir a partir do início da tarde, em frente ao shopping center Via Direta, no trecho urbano sul natalense da rodovia BR 101, mas assinalam que o evento propriamente dito está agendado para ter início às 17 horas.   
Pelo menos 4,9 mil pessoas responderam positivamente ao chamamento, que atingiu mais de 26 mil natalenses, conforme estatística presente ao ato convocatório veiculado no Facebook.
Anunciando movimento pacífico, eles querem mostrar sua reprovação explícita ao fato de Carlos Eduardo haver elevado o preço de 2,35 para 2,65 reais. O reajuste entrará em vigor exatamente amanhã, conforme anúncio feito pela secretária municipal de Mobilidade Urbana, engenheira Elequicina Maria dos Santos.
Esta é uma das medidas menos acatadas pela população entre quantas o burgomestre adotou recentemente, e a reprovação lhe foi mostrada logo após o anúncio, e no melhor cenário, pelo Conselho Municipal de Transportes, que só aprovou o reajuste porque a prefeitura detém ali a maioria dos votos.
Representantes da sociedade civil questionaram o reajuste em si, numa época em que a crise econômica desaba sobre o bolso das famílias natalenses que usam ônibus, e tendo em vista um cenário específico, o da substituição do modelo atual de transporte de massa adotado em Natal. Eles acham que antes de adotar o reajuste a prefeitura deveria acelerar o processo que objetiva modernizar e democratizar o sistema de concessão de linhas de ônibus através da licitação pública, o que Natal ancestralmente teima em desconhecer.   
Tendo em vista que os argumentos levantados então não demoveram os representantes do poder executivo, entidades anunciaram então que iriam às ruas levando seu protesto. Uma destas foi o Diretório Central dos Estudantes (DCE) da Universidade Federal (UFRN), por intermédio de seu coordenador geral, João Ricardo Cerqueira.
“A discussão sobre o aumento não poderia vir separada do debate sobre a melhoria do sistema como um todo, o que só será possível com a licitação. Não faz sentido falar em elevar o preço da passagem antes da licitação”, observou.
Lembrando que os movimentos sociais e estudantis haviam apresentado uma proposta contra o reajuste, argumentando que não fazia sentido discutir aumento da passagem sem debater a licitação do sistema, João Ricardo disse que a vitória do rolo compressor da municipalidade forçaria seu segmento social a ir às ruas.
Na manhã deste domingo, verificou-se que diversos outros grupos sociais estão aderindo à proposta, a começar pelos diferentes segmentos do funcionalismo da prefeitura, estes decerto torcendo para aproveitar o instante visando divulgar as causas da greve a que se dedicam há vários dias. Quase sempre acampados em frente à prefeitura, na rua Ulisses Caldas, estes servidores não perdem oportunidade para projetar seus motivos. Eles chegaram a interromper a reunião do Conselho Municipal de Transportes para verbalizarem seu protesto diante de líderes e representantes de vários segmentos, inclusive prepostos de Carlos Eduardo que também são servidores municipais.
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(1507019 às 13h14m).

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