sexta-feira, 10 de julho de 2015

Conta de luz ficou R$ 5,4 bilhões mais cara em 2015

O valor da bandeira vermelha, em vigor desde
o início do ano, foi elevado de R$ 3 para 
5,50 reais por cada 100 kWh consumidos 


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A "bandeira vermelha" responde pela elevação da tarifa de energia, que puxa a inflação.
A adoção do sistema de bandeiras tarifárias já encareceu em R$ 5,4 bilhões a conta de energia do consumidor brasileiro em 2015. O montante, acumulado entre janeiro e maio, indica uma despesa mensal de aproximadamente R$ 1,1 bilhão com a chamada bandeira vermelha, porém os números de abril e maio revelam que o custo mensal do sistema já atingiu cerca de R$ 1,5 bilhão por mês.
Dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, no primeiro bimestre do ano, a adoção da bandeira vermelha teve impacto inferior a R$ 1 bilhão por mês nas contas de energia. Em março, a barreira bilionária foi rompida, após o governo federal autorizar o aumento do valor praticado nas bandeiras. No caso da vermelha, em vigor desde o início do ano, o valor cobrado por cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos foi elevado de R$ 3 para R$ 5,50.
Com o aumento, o impacto da bandeira vermelha saltou para R$ 1,16 bilhão em março. Esse número continuou a subir em abril, alcançando R$ 1,51 bilhão. Em maio, o dado mais recente divulgado pela agência reguladora, a despesa do consumidor teve acréscimo de R$ 1,46 bilhão. A queda em relação ao mês anterior reflete a redução do consumo de energia no mesmo período.
A implantação do sistema de bandeiras tarifárias, em curso desde o início do ano, tem como objetivo alertar o consumidor sobre o custo de geração de energia no País no respectivo mês, além de dividir com ele essa despesa. A conta mais salgada paga pelos consumidores beneficia as distribuidoras, responsáveis pelo fornecimento de energia ao consumidor final e compradoras de energia junto às geradoras.

Com as bandeiras tarifárias, a receita das distribuidoras é inflada de modo a evitar que o setor volte a precisar de recursos externos, assim como ocorreu entre 2013 e 2014. Diante do descasamento entre a elevação dos preços da energia e o cronograma dos reajustes anuais das distribuidoras, o setor precisou de R$ 21,2 bilhões em empréstimos bancários para fazer frente às despesas mais elevadas.

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