O valor da bandeira vermelha, em vigor desde
o início do ano, foi elevado de R$ 3 para
5,50 reais por cada 100 kWh consumidos
A "bandeira vermelha" responde pela elevação da tarifa de energia, que puxa a inflação. |
A
adoção do sistema de bandeiras tarifárias já encareceu em R$ 5,4
bilhões a conta de energia do consumidor brasileiro em 2015. O montante,
acumulado entre janeiro e maio, indica uma despesa mensal de
aproximadamente R$ 1,1 bilhão com a chamada bandeira vermelha, porém os
números de abril e maio revelam que o custo mensal do sistema já atingiu
cerca de R$ 1,5 bilhão por mês.
Dados
da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) apontam que, no
primeiro bimestre do ano, a adoção da bandeira vermelha teve impacto
inferior a R$ 1 bilhão por mês nas contas de energia. Em março, a
barreira bilionária foi rompida, após o governo federal autorizar o
aumento do valor praticado nas bandeiras. No caso da vermelha, em vigor
desde o início do ano, o valor cobrado por cada 100 quilowatts-hora
(kWh) consumidos foi elevado de R$ 3 para R$ 5,50.
Com
o aumento, o impacto da bandeira vermelha saltou para R$ 1,16 bilhão em
março. Esse número continuou a subir em abril, alcançando R$ 1,51
bilhão. Em maio, o dado mais recente divulgado pela agência reguladora, a
despesa do consumidor teve acréscimo de R$ 1,46 bilhão. A queda em
relação ao mês anterior reflete a redução do consumo de energia no mesmo
período.
A
implantação do sistema de bandeiras tarifárias, em curso desde o início
do ano, tem como objetivo alertar o consumidor sobre o custo de geração
de energia no País no respectivo mês, além de dividir com ele essa
despesa. A conta mais salgada paga pelos consumidores beneficia as
distribuidoras, responsáveis pelo fornecimento de energia ao consumidor
final e compradoras de energia junto às geradoras.
Com
as bandeiras tarifárias, a receita das distribuidoras é inflada de modo
a evitar que o setor volte a precisar de recursos externos, assim como
ocorreu entre 2013 e 2014. Diante do descasamento entre a elevação dos
preços da energia e o cronograma dos reajustes anuais das
distribuidoras, o setor precisou de R$ 21,2 bilhões em empréstimos
bancários para fazer frente às despesas mais elevadas.
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