Votado por setenta
dirigentes de grandes empresas brasileiras, o empresário potiguar é considerado
vitorioso porque reergueu e está expandindo as Lojas Riachuelo com sua
estratégia de “fast-fashion”.
Flávio Rocha: compartilhando o mérito com os colaboradores. |
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ROBERTO
GUEDES
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O empresário Flávio Rocha, 57 anos,
presidente da Lojas Riachuelo, é um dos melhores CEOs, ou grandes controladores
de empresas, do Brasil, conforme levantamento que acaba de ser divulgado pela
revista “Época Negócios”, das Organizações Glob, que pela segunda vez consecutiva
destacou o banqueiro Roberto Setúbal como um dos três primeiros colocados do
ranking nacional.
Elaborada com votos de setenta
presidentes das maiores companhias do Brasil, a seleção completa, com todos os
CEOs destacados na votação, está na edição de julho da revista, que chega esta
semana às mãos dos leitores.
“Estou muito honrado em ter sido
incluído neste seleto grupo dos melhores CEOs do país”, escreveu Flávio, nas
redes sociais, ao saber da distinção e procurando mostrar que o mérito é de
toda a família de funcionários das empresas que dirige.
“Compartilho essa distinção com os reais
merecedores dela - os quarenta mil missionários da Democratização da Moda que
tornaram mais essa conquista possível”, escreveu.
Norte-rio-grandense nascido em Recife,
na época em que seu pai, Nevaldo, fundador do grupo, comandava as empresas da
família a partir da capital pernambucana, há 21 anos Flávio vive dedicação
exclusiva à sua corporação depois de ter incursionado pela política. Ele foi
duas vezes deputado federal pelo Rio Grande do Norte e disputou a presidência
da República em 1994, quando resolveu deixar a vida pública para se dedicar
somente aos negócios.
Até 2013, ele também era presidente do
Instituto Brasileiro do Varejo (IBV), instituição que lidera desde os
primórdios de sua fundação. Paralelamente à Lojas Riachuelo, Flávio também
orienta uma co-irmã desta, a indústria Confecções Guararapes, e um banco que dá
apoio às operações de todo o grupo, assim como uma administradora de shopping
centers e mais recentemente uma disseminadora de teatros, que possui um em
Natal e bem mais recentemente outro no Rio de Janeiro.
Conforme destaca “Época Negócios”, Flávio
Rocha não teve pressa. Há uma década, adotou um discurso ambicioso ao assumir a
presidência da Riachuelo, uma das maiores varejistas de moda do Brasil. Ele
indicou, na época, que daria um salto mortal triplo.
Delírio
e loucura
Este movimento incluía três lances. O
primeiro seria transformar em referência de moda uma empresa definida por
consultores como “apagada”. O segundo seria tornar os produtos atraentes para
consumidores de todas as classes sociais, e o terceiro, “o lance mais ousado”,
na avaliação da revista, conquistar a liderança do mercado.
O problema que espreitava a estratégia
de Flávio residia no fato de as metas, diante dos números, soarem como um
delírio. Isto lhe ensinou a não murmurar sofrimentos. “Entre 2006 e 2008, por
exemplo, o lucro líquido da companhia chegou a cair 38%”, lembra a publicação
fluminense. Lembrando o episódio, Flávio salienta que “os funcionários achavam
que eu estava louco e levaria a empresa a desaparecer”.
Aos poucos, porém, o aparente desvario
deu lugar a indícios palpáveis de ganhos de eficiência. Nos últimos anos, o
lucro líquido da Riachuelo ultrapassou o da Renner, a sua principal concorrente
entre as companhias de capital aberto. O número de lojas mais do que triplicou
na última década. Foi de 77 para 260. A “loucura” de Rocha, enfim, passou a ser
chamada de “visão de futuro”.
Eis, como foi apresentada pela "Época Negócios", uma amostra do eleitorado que aponta Flávio como um dos melhores condutores de empresas do Brasil. |
O grande alvo das mudanças que ele
promoveu foi criar um modelo de negócios dotado de agilidade implacável e o
mais afinado possível com os consumidores. O ideal, nesse esquema, é fazer com
que uma calça igualzinha que a cantora Madonna usa em um “show” em Nova York num
fim de semana esteja nas vitrines das lojas da Riachuelo no menor prazo
possível.
Essa é a essência da indústria chamada
de “fast-fashion”. Nesse terreno, Rocha deu um passo monumental. Na Riachuelo,
hoje, o intervalo de tempo gasto entre o pedido do modelo e a sua colocação nas
araras das lojas pode chegar a ser entre três e dez dias. Cinco anos atrás,
esse mesmo período era similar à média do setor – dois meses. Ou seja, era um
tremendo “slow-fashion”.
CEO é a sigla inglesa de “Chief
Executive Officer”, que significa Diretor Executivo em Português. CEO é a
pessoa com maior autoridade na hierarquia operacional de uma organização. É o
responsável pelas estratégias e pela visão da empresa.
Não são todas as empresas que possuem
uma pessoa no cargo de CEO. No geral, todas possuem um Diretor Geral, porém a
função de CEO é mais utilizada em grandes empresas multinacionais, onde é
necessário uma pessoa com habilidade e competência para estar à frente da
organização como um todo.
Dependendo da empresa, o CEO pode ser
também o Presidente do Conselho de Administração (em inglês Chairman of the
Board). Neste caso, é nomeada uma pessoa para a função de Diretor de Operações
(em Inglês, COO - Chief Operating Officer).
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