A capacidade das famílias brasileiras de consumir bens e serviços ao longo de um mês encolheu em R$ 16 bilhões neste ano.
Com
a inflação em alta, o desemprego crescente e o crédito restrito, o
poder de compra das famílias, propulsor da economia nos últimos anos,
está em queda pela primeira vez desde 2003 e deve se manter em baixa nos
próximos meses.
Estudo
da consultoria Tendências, obtido pela Folha, mostra que o poder de
compra das famílias foi de R$ 240 bilhões na média mensal de janeiro a
maio —6,2% menor do que em igual período de 2014 (R$ 256 bilhões).
"Depois
de anos de aumento da capacidade de consumo, fica até difícil falar em
empobrecimento do brasileiro, mas é exatamente o que está acontecendo",
afirmou Rodrigo Baggi, economista da consultoria Tendências.
Isoladamente
em maio, o poder de compra estava em R$ 229 bilhões, o que representava
um retrocesso ao patamar de janeiro de 2012 (R$ 228,5 bilhões).
Para
chegar aos números, a consultoria considera a massa de renda (inclusive
da previdência) descontando a inflação, a oferta de crédito (com
imobiliário) e os gastos das famílias com pagamento de dívidas.
O
poder de compra das famílias encolheu porque a inflação corroeu a renda
dos brasileiros e o ritmo das novas concessões de crédito –componente
básico do consumo— desacelerou.
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Roberto Guedes:
(150721 às 23h38m).
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