A Companhia de Água e Esgotos
(Caern) achou mais viável perfurar poços de grande capacidade na zona rural de
Exteremoz a desviar para Natal uma parte do que a fonte natural de Pureza traz
à tona diariamente.Enquanto isto, a prefeitura de São Gonçalo investe em
adutora para atrair para lá uma parte do líquido que emerge em Pureza.
Interesse de Marcelo pelo projeto leva a crer que o sistema de Maxaranguape para Natal, que conta com dinheiro em caixa, será mesmo construído em pouco tempo, como queria Rosalba Ciarlini. |
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ROBERTO GUEDES
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Não deverá vir da fonte natural
de Pureza, situada no centro da cidade homônima, e sim de poços situados no
vizinho município de Maxaranguape a água com o governo do Rio Grande do Norte
espera aumentar suficientemente a oferta do líquido para Natal e outros
municípios da região metropolitana.
A informação é de fontes da
Companhia de Água e Esgotos (Caern), assegurando que, agindo na maior surdina,
a empresa já avançou muito com este objetivo. Já furou alguns poços, confirmando
a expectativa em torno do potencial da zona rural de Maxaranguape. O líquido deverá ser obtido no aquífero Barreiras, caracterizado pela sua qualidade, notadamente a aptidão para o consumo humano.
Sua notícia objetivou corrigir
uma aqui veiculada sobre a implantação de uma adutora para trazer para esta capital
uma parte da água que a fonte de Pureza lança diariamente ao mar através do rio
Maxaranguape, que nasce ali. Admitindo que esta solução também está entre as
cogitações da empresa, os informantes dizem que ela encontrou chance de obter
maior vazão em fonte subterrâneas.
De Pureza, dizem, por enquanto só
está certo que deverá ser transportada água para abastecer parte da população
de São Gonçalo do Amarante, também na região metropolitana, mas isto não graças
a intervenção da Caern. Tudo estaria sendo acertado entre o prefeito de São
Gonçalo, médico Jaime Callado, e autoridades federais, entre as quais
dirigentes dos ministérios das Cidades e da Saúde. O fornecimento de água e o
tratamento de esgotos em São Gonçalo é uma concessão da prefeitura a um órgão que
integra sua administração indireta.
Sem terra
O silêncio com que a Caern
encobre suas ações com este objetivo se prendem à ncessidade de se assegurar o
direito de usar as terras onde pretende perfurar os poços sem alimentar especulações
imobiliárias, que na região tendem a mobilizar grandes e mínimos proprietários.
Segundo os funcionários da Caern,
boa parte da área que interessa à empresa em Extremoz está no perímetro de
assentamentos rurais em que trabalhadores rurais sem terra acampam, e
aparentemente, não se dedicam a atividades rurícolas.
Esta particularidade recomendou à
direção da empresa cuidar do assunto junto ao Instituto Nacional de Colonização
e Reforma Agrária (Incra), o órgão público que entrega as terras a aparentes e potenciais
trabalhadores que almejam se dedicar ao plantio e à pecuária em pequenos lotes,
para que conquiste junto aos ocupantes o espaço necessário para garantir o
suficiente para a perfuração dos poços e construção de adutoras para uma grande
estação de captação e tratamento do líquido e da grande adutora em direção a
Natal.
O que os anima a acreditar na celeridade da execução das obras, asseguram, é a dedicação que o presidente da Caern, engenheiro Marcelo Saldanha Toscano, demonstra pela vinda da água de Maxaranguape para a região metropolitana.
Barreiras
Segundo a Associação Brasileira
de Águas Subterrâneas (Abas), “as águas do aquífero Barreiras, no curso
inferior da bacia hidrográfica do Rio Maxaranguape, constituem a principal
fonte de suprimento hídrico das comunidades locais, dos projetos de irrigação e
de demandas industriais”.
Como, porém, o uso do líquido é
feito sem um planejamento adequado, a entidade tem acusado ineficiência no seu uso.
Por isto, técnicos promoveram recentemente um trabalho de avaliação das
potencialidades hidrogeológicas do aquífero e das condições de explotação das
águas subterrâneas, tendo em vista a maximização do uso das mesmas com
sustentabilidade, no atendimento a demandas específicas que venham contribuir
com o desenvolvimento sócio-econômico da região e qualidade de vida da
população.
Neste sentido, prossegue a Abas, “foi
efetuado um levantamento de toda infra-estrutura hídrica; avaliada as
dimensões, litologia e estrutura do aqüífero Barreiras; estimada a recarga;
avaliada a qualidade das águas e
definidas estratégias de proteção das mesmas”.
A recarga do Barreiras foi
estimada com a aplicação de diferentes metodologias: balanço hídrico; método
hidrológico e a aplicação de uma “lei de Darcy” ao meio poroso saturado.
“Os recursos de águas
subterrâneas explotados foram avaliados em 8,0 milhões de m3/ano, os quais
correspondem apenas a 9,4 % da recarga, estimada em 213 mm/ano ou 85 milhões de
m3/ano. As águas subterrâneas são em geral do tipo Na+ - Cl-, de baixa
salinidade e boa qualidade para o uso humano e desenvolvimento agrícola”.
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