domingo, 5 de julho de 2015

RN reinicia construção da “Cidade da Ciência”

Governo Robinson Faria retomou em silêncio a construção da obra iniciada em 2007, na avenida Abel Cabral, pelo de Wilma de Faria e estupidamente abandonada neste e no de Rosalba Ciarlini. Guarda tanto segredo a respeito que nem sequer uma placa informativa mantém à vista de quem passa diante do imóvel em construção.


Construção da Cidade da Ciência se arrasta intermitentemente desde 2007.
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ROBERTO GUEDES
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Pelo menos para quem a vê da rua e a despeito da lentidão imposta pelas chuvas que desabam sobre a capital potiguar nos últimos dias, foram retomadas e estes dias adotam ritmo acelerado as obras de construção da “Cidade da Ciência de Natal”, iniciadas ainda em 2008 e recorrentemente paralisadas sem que seu dono, o governo do Estado jamais se preocupasse em falar à população sobre as interrupções que lhe impôs.
Situada no quarteirão da avenida Abel Cabral pontificado pelo trecho metropolitano da rodovia BR 101, na conurbação entre a zona sul de Natal e o bairro de Nova Parnamirim, no município de Parnamirim, a “Cidade da Ciência” ocupa o espaço que durante décadas abrigou campistas apoiados aqui, a princípio, pelo Camping Clube do Brasil.
Sem que funcionários pudessem informar a respeito por ocasião da visita do Blog de Roberto Guedes ao local, cuja frente é tomada por uma sucessão de barracas de vendedores de frutas, constatou-se visualmente, de onde seria a calçada entre o imóvel e o asfalto da Abel Cabral, que a construção está se aproximando da fase de acabamento. A empreiteira responsável já coloca o piso do pavimento que servirá de estacionamento aos veículos atraídos ao imóvel depois que a Cidade da Ciência estiver funcionando.
Em silêncio
Supreendentemente num governo que mais se destaca pela ação publicitária do que pelos resultados prometidos ao cidadão, nenhuma placa informa a quem passa pela rua sobre o que se anuncia para o local e muito menos sobre quando a “Cidade da Ciência” começará a prestar serviços.
O governo Robinson Faria reiniciou a construção sem nada dizer a respeito.
Idealizada pelo então secretário de Planejamento, advogado e contabilista Wagner Araújo, ex-prefeito de Lucrécia que se transferiu do Rio Grande do Norte em 2011, e prometida para meados de 2009 pela então governadora Wilma de Faria, atual vice-prefeita de Natal, a “Cidade da Ciência” deverá ocupar uma área de trinta mil metros quadrados. Mantido o projeto inicial, a “Cidade da Ciência” será formada por três blocos que receberam denominações distintas, a “Casa da Ciência”, que funcionará também como sede do complexo, o “Planetário”, anunciado como o terceiro do Nordeste, e o “Parque do Conhecimento”.
A princípio ela seria localizada nos fundos da secretaria de Infra-estrutura, no Centro Administrativo, no bairro de Lagoa Nova, em Natal. Quando a Datanorte, depósito de muitos valores de órgãos governamentais que o executivo potiguar extinguiu nas últimas décadas, recebeu de volta o terreno da Abel Cabral, Wilma redirecionou o empreendimento para lá. Desde então, o terreno passou a integrar o acervo da Fundação de Apoio à Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), que nessa época era presidida pela professora Isaura Amélia Rosado Maia, depois secretária estadual de Cultura.
Cerca de 7,5 milhões de reais foram inicialmente destinados à construção do projeto, 5,5 milhões dos quais prometidos pelo Tesouro Estadual. Outros dois milhões proviriam do ministério da Ciência e Tecnologia, que prometeu repassar-lhe 1,5 milhão de reais, e pelo executivo potiguar.
Aos olhos da tecnocracia então instalada no governo, o grande chamariz do projeto seria o planetário, cujo equipamento realiza a projeção do céu em uma tela hemisférica, permitindo a visualização de planetas e estrelas como vistos de qualquer ponto sobre a superfície da Terra e em qualquer época do passado e do futuro.
Aprender brincando
No projeto da Fapern, a máquina clássica é conjugada a projetores de linhas do horizonte e a um projetor hemisférico de imagens digitalizadas. Todos esses projetores serão controlados por um computador central, com a possibilidade de trabalharem simultaneamente ou não, aumentando em muito as possibilidades para o ensino e a beleza de uma seção de planetário.
Mas, como salientava na época a fundação, a “Cidade da Ciência” não será apenas um planetário, e sim um centro de Ciência e Tecnologia, com características de lazer cientifico. Seria um espaço em que as crianças aprenderiam brincando, o que implicaria em atrair para o local turmas de diversas escolas da “Grande Natal” e em seguida de todo o Estado.
Para atingir esta meta, ela contaria também com um observatório, um terraço astronômico, laboratórios de física; química; biologia; matemática; ecologia e robótica. E teria módulos de brinquedos interativos, onde as leis da física, da química, a ótica poderiam ser comprovadas através do uso de objetos ligados à vida pueril, como balanços e gangorras. Ela terá também uma loja especializada em brinquedos didáticos e equipamentos científicos para amadores.
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