Governo Robinson
Faria retomou em silêncio a construção da obra iniciada em 2007, na avenida Abel
Cabral, pelo de Wilma de Faria e estupidamente abandonada neste e no de Rosalba
Ciarlini. Guarda tanto segredo a respeito que nem sequer uma placa informativa
mantém à vista de quem passa diante do imóvel em construção.
Construção da Cidade da Ciência se arrasta intermitentemente desde 2007. |
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ROBERTO GUEDES
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Pelo menos para quem a vê da rua e a
despeito da lentidão imposta pelas chuvas que desabam sobre a capital potiguar
nos últimos dias, foram retomadas e estes dias adotam ritmo acelerado as obras
de construção da “Cidade da Ciência de Natal”, iniciadas ainda em 2008 e
recorrentemente paralisadas sem que seu dono, o governo do Estado jamais se
preocupasse em falar à população sobre as interrupções que lhe impôs.
Situada no quarteirão da avenida Abel
Cabral pontificado pelo trecho metropolitano da rodovia BR 101, na conurbação
entre a zona sul de Natal e o bairro de Nova Parnamirim, no município de
Parnamirim, a “Cidade da Ciência” ocupa o espaço que durante décadas abrigou
campistas apoiados aqui, a princípio, pelo Camping Clube do Brasil.
Sem que funcionários pudessem informar a
respeito por ocasião da visita do Blog de Roberto Guedes ao local, cuja frente é tomada por uma sucessão de barracas de vendedores de frutas, constatou-se
visualmente, de onde seria a calçada entre o imóvel e o asfalto da Abel Cabral,
que a construção está se aproximando da fase de acabamento. A empreiteira
responsável já coloca o piso do pavimento que servirá de estacionamento aos
veículos atraídos ao imóvel depois que a Cidade da Ciência estiver funcionando.
Em
silêncio
Supreendentemente num governo que mais se
destaca pela ação publicitária do que pelos resultados prometidos ao cidadão,
nenhuma placa informa a quem passa pela rua sobre o que se anuncia para o local
e muito menos sobre quando a “Cidade da Ciência” começará a prestar serviços.
O governo Robinson Faria reiniciou a
construção sem nada dizer a respeito.
Idealizada pelo então secretário de
Planejamento, advogado e contabilista Wagner Araújo, ex-prefeito de Lucrécia que
se transferiu do Rio Grande do Norte em 2011, e prometida para meados de 2009
pela então governadora Wilma de Faria, atual vice-prefeita de Natal, a “Cidade
da Ciência” deverá ocupar uma área de trinta mil metros quadrados. Mantido o
projeto inicial, a “Cidade da Ciência” será formada por três blocos que
receberam denominações distintas, a “Casa da Ciência”, que funcionará também
como sede do complexo, o “Planetário”, anunciado como o terceiro do Nordeste, e
o “Parque do Conhecimento”.
A princípio ela seria localizada nos
fundos da secretaria de Infra-estrutura, no Centro Administrativo, no bairro de
Lagoa Nova, em Natal. Quando a Datanorte, depósito de muitos valores de órgãos
governamentais que o executivo potiguar extinguiu nas últimas décadas, recebeu
de volta o terreno da Abel Cabral, Wilma redirecionou o empreendimento para lá.
Desde então, o terreno passou a integrar o acervo da Fundação de Apoio à
Pesquisa do Rio Grande do Norte (Fapern), que nessa época era presidida pela
professora Isaura Amélia Rosado Maia, depois secretária estadual de Cultura.
Cerca de 7,5 milhões de reais foram
inicialmente destinados à construção do projeto, 5,5 milhões dos quais
prometidos pelo Tesouro Estadual. Outros dois milhões proviriam do ministério
da Ciência e Tecnologia, que prometeu repassar-lhe 1,5 milhão de reais, e pelo
executivo potiguar.
Aos olhos da tecnocracia então instalada
no governo, o grande chamariz do projeto seria o planetário, cujo equipamento
realiza a projeção do céu em uma tela hemisférica, permitindo a visualização de
planetas e estrelas como vistos de qualquer ponto sobre a superfície da Terra e
em qualquer época do passado e do futuro.
Aprender
brincando
No projeto da Fapern, a máquina clássica
é conjugada a projetores de linhas do horizonte e a um projetor hemisférico de
imagens digitalizadas. Todos esses projetores serão controlados por um
computador central, com a possibilidade de trabalharem simultaneamente ou não,
aumentando em muito as possibilidades para o ensino e a beleza de uma seção de
planetário.
Mas, como salientava na época a
fundação, a “Cidade da Ciência” não será apenas um planetário, e sim um centro
de Ciência e Tecnologia, com características de lazer cientifico. Seria um
espaço em que as crianças aprenderiam brincando, o que implicaria em atrair
para o local turmas de diversas escolas da “Grande Natal” e em seguida de todo
o Estado.
Para atingir esta meta, ela contaria
também com um observatório, um terraço astronômico, laboratórios de física;
química; biologia; matemática; ecologia e robótica. E teria módulos de brinquedos
interativos, onde as leis da física, da química, a ótica poderiam ser
comprovadas através do uso de objetos ligados à vida pueril, como balanços e
gangorras. Ela terá também uma loja especializada em brinquedos didáticos e
equipamentos científicos para amadores.
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