sexta-feira, 24 de abril de 2015

Arrastão levará Robinson para casa “oficial”

"Arrastão" em Areia Preta. pode reforçar a tese da necessidade.. 
Dois fatos aparentemente sem a menor ligação ocorridos nas últimas 48 horas passaram a ser esgrimidos nesta sexta-feira, 24, hoje, como argumentos para que o governador Robinson Faria desista de continuar morando no apartamento que mantém na avenida Governador Sílvio Pedrosa, na praia de Areia Preta, forçando o erário a custear-lhe o aluguel de uma “residência oficial”.
Na madrugada de hoje, assaltantes armados voltaram a promover arrastões nas imediações do prédio à beira mar em que moram Robinson, o prefeito Carlos Eduardo Alves e outros políticos potiguares. Suas investidas lembraram imediatamente um assalto em que foram vítimas, em frente ao prédio, poucos dias antes da posse de Robinson, o então vice-governador eleito Fábio Dantas e a advogada Tatiana Mendes Cunha, já anunciada como futura chefe da Casa Civil do governo potiguar.
Por volta do meio-dia de ontem, a despeito da oposição de dez de seus integrantes, notadamente do deputado estadual Kelps Lima (SDS), a Assembléia Legislativa desfez decisão adotada em dezembro último extinguindo a instituição da residência oficial do Governador.
...de residência oficial, colocando Robinson em...
Esta medida e a sensação de falta de segurança em Areia Preta exumaram a defesa da proposta de Robinson se instalar em imóvel em que o executivo potiguar possa montar estrutura de segurança melhor do que a existente ali. Ordinariamente, condomínios verticais não aprovam a imposição de esquemas ostensivos em função de apenas um morador, e a falta de espaço para isto no prédio de Robinson vem estimulando desde janeiro o discurso de que a presença da cúpula do governo traz mais incômodos do que bônus aos demais moradores da habitação coletiva.
Contradição
Ainda não se sabe se por trás da pressão pela volta do Governador a uma residência oficial nasceu em Robinson ou recebe seu apoio ou tende a enfrentá-lo, embora se manifeste no mais perto de seu entorno funcional, decerto também como reflexo do pensamento dos demais moradores do edifício.
...contradição prevista por Kelps Lima e...
É certo, porém, que a opção pela casa governamental mostraria o Governador em contradição. Em dezembro, poucos dias antes de tomar posse, o que ocorreu a 1° de janeiro, Robinson fez questão de declarar que era por sua vontade que a primeira família do Estado continuaria a residir no apartamento de Areia Preta. Ao tomar esta iniciativa, ele procurou minimizar, também, a informação de que alguns dias antes a Assembléia Legislativa havia aprovado à unanimidade o projeto de lei extinguindo a residência oficial, de autoria de Kelps Lima.
Falta de segurança
...reforçando a tese da insegurança mostrada por Nélter.
O pior, para Robinson, é a certeza de que sua mudança para uma mansão superprotegida espalharia por Natal a convicção de que, com pouco mais de 120 dias após a posse e tendo mostrado muito pouco do que seriam seu perfil ou a projeção de suas principais realizações, seu governo havia se rendido à onda de violência há muito tempo presente no Rio Grande do Norte.
Durante a campanha eleitoral em que conquistou seu cargo, Robinson bateu muito na tecla do quanto a violência estava amedrontando a população potiguar e garantia que seria “o governador da segurança”. Até o momento, porém, sua gestão mostrou apenas espasmos de ação neste campo, como a fugaz sensação de haver colocado mais policiais fardados para a ação ostensiva nas ruas.
Em nenhum momento Robinson devolveu ao policiamento as centenas de agentes civis e militares que há anos atuam como civis em outros espaços do serviço público. Esta omissão foi denunciada há poucos dias, na Assembléia Legislativa, por um parlamentar que vive sob ameaça de perder a vida pelas mãos de pistoleiros, o deputado estadual Nélter Queiroz (PMDB), falando em centenas de oficiais, sargentos, cabos e soldados que vivem à paisana.      
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