Cartaz exibido pelo condutor da política cultural ofende... |
Submetido e
cedendo, muitas vezes, a todo tipo de pressão para fazer e desfazer nomeações
desde que tomou posse, a 1º de janeiro último, o governador Robinson Faria
receberá na próxima semana um pedido que não se encaixa em seu figurino.
Trata-se de exonerar um auxiliar por falta de decoro e de respeito à liturgia
do seu cargo.
O alvo é o ator Rodrigo
Bico, que não adquiriu notoriedade e respeito entre os intelectuais
conterrâneos até assumir em fevereiro a presidência da Fundação José Augusto, o
braço cultural do governo do Estado.
Sua exoneração entrou
nos planos de aliados de Robinson desde o carnaval, quando, projetando seu lado
“selfie”, de pessoas que aproveitam os recursos do telefone celular para
fotografarem a si mesmo e postarem suas imagens nas redes sociais, ele se
exibiu com uma fantasia em que destacava uma placa com os dizeres “Impítiman é
meuzovo”, seu escracho contra movimentos que pedem o “impeachment” da
presidente Dilma Rousseff.
Apoio de Ezequiel
...a língua e o decoro, diz Leleu, querendo sua demissão. |
Principal porta-voz
do movimento pela queda de Bico, o vereador Edilson Freitas Fontes, o “Leleu
Fontes” (Pros), de Caicó, já pediu audiência a Robinson para apresentar-lhe o
pedido, agindo como quem se interessa também em evitar que a conduta do subordinado
termine criando problema para o Governador.
Ao mesmo tempo, diz
que encomendou uma análise jurídica da situação, concluindo que qualquer
cidadão pode pedir em juízo a exoneração de Bico. É algo que pode entrar em
suas cogitações se Robinson não demonstrar interesse em se livrar do auxiliar.
Outra medida abraçada por Leleu é tentar envolver outros poderes na luta contra
a desmoralização do cargo de presidente da Fundação José Augusto.
Neste sentido, ele
já tem pronto um ofício que deseja entregar pessoalmente ao presidente da
Assembléia Legislativa, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB), esperando
que este persuada Robinson a afastar Bico das suas funções.
Falha moral
O motivo oficial da
iniciativa de Leleu (pronuncia-se “Lelêu”) é a posição moral que Rodrigo Bico
teria adotado ao se exibir no carnaval, pois, em lugar de procurar aparecer
como folião sem respeito à língua e à liturgia do seu cargo, deveria ter
adotado a postura de alguém que responde, também, pelo apoio governamental à
festa.
De fato, num
governo que discursa o quanto procura mostrar-se limpo, mais do que nunca o
presidente da Fundação José Augusto deveria fazer-se respeitar, para ajudar a
apagar a imagem de corrupção e sujeira que alguns anos atrás maculou a
instituição através da contratação fictícia de grupos musicais para animar
foliões.
Ademais, avança o
vereador, a violentação do Português na mensagem transmitida pelo presidente da
Fundação José Augusto mostra seu desrespeito à cultura geral e conterrânea.
Isto não surpreende Leleu porque, ao que lhe consta, apesar de formação
acadêmica Rodrigo Bico teria uma cultura menos do que epitelial.
Frustração política
Sugerindo que vez por
outra o vereador também agride o decoro e a língua, colabores de Bico asseguram
que a motivação de Leleu não tem raízes nesta, e sim na frustração de
interesses de sua política fisiológica. O vereador estaria magoado porque,
atendendo a pressão exercida pelo deputado estadual Fernando Mineiro, seu líder
e padrinho no PT, Rodrigo Bico teria passado por cima de Robinson ao anular uma
nomeação deste para o cargo de diretor do teatro Adjuto Dias, em Caicó. Leleu não
garante o contrário, prevendo que o grupo petista comandado por Mineiro deverá
provocar muitos males a Robinson e à senadora Fátima Bezerra, principal
expoente da legenda no Rio Grande do Norte, mas assegura que sua motivação foi
mesmo de ordem moral e cultural.
“Não tenho nada
contra Rodrigo Bico, mas a gente lamenta o ocorrido por não considerar normal
ato tão indecoroso por porte de ocupante de cargo público no primeiro escalão
do governo estadual”, diz, referindo-se à foto de Bico no carnaval. “Principalmente
quando afronta diretamente o que deveriam ser as atribuições do condutor da
política cultural do Estado”.
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Roberto Guedes:
Todo mundo sabe que Rodrigo Bico, Presidente da Fundação José Augusto, além de honesto é extremamente competente em sua função e que hoje, por sua atuação direta nos movimentos culturais do RN, consegue ir e enxergar os problemas e as soluções para as políticas públicas de cultura no RN.
ResponderExcluirMelhor nome não há para a pasta. O que esse vereador quer, é promover o fisiologismo político que ele á está acostumado.
Um recado para o governador: Continue com Rodrigo Bico e abra o olho para esse vereador. A forma como Rodrigo Bico quer viver feliz, só cabe a ele.
Impitiman é meuzovo!