Foram-se os bons tempos em que Robinson juntava Fátima, Mineiro e Tatiana. |
Somente esta semana os líderes da
mídia em Natal descobriram a crise que opõe dois dos principais colaboradores
do governador Robinson Faria que registrei há duas semanas, a queda de braço em
que se enfrentam a chefe da Casa Civil, advogada Tatiana Mendes Cunha, e o
líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Fernando Mineiro
(PT). Registrei-a a 1° do corrente, na coluna semanal que veiculo no matutino
impresso “Novo Jornal”, e a destaquei nas edições do último dia 15 e na que está
na edição desta terça-feira, 21, excepcionalmente porque o periódico não
circulará amanhã.
Como de hábito, só passaram a
registrá-la depois que políticos começaram a exibi-la abertamente. Foi o caso
do vereador Leleu Fontes, de Caicó, que em entrevista a uma emissora de rádio
natalense recomendou que Tatiana se cuidasse porque tende a perder a parada
para mineiro.
Desde antes do meu registro,
Robinson está num dilema, pois o conflito se lhe apresenta com características
de “ou ele, ou eu”. Embora ressalte dificuldades que sua forte ligação com
Mineiro lhe traz em diferentes frentes, a começar numa ala do PT liderada pela
senadora Fátima Bezerra, o choque é altamente complexo: há muitos anos Robinson
confia quase cegamente em Tatiana, mas esta, diferentemente de Mineiro, não
exerce mandato nem pode lhe criar problemas na Assembléia Legislativa, onde é
procuradora mas não tem voto.
Rica em desdobramentos que
beneficiaram terceiros, a crise se evidenciou quando Mineiro, com ou sem
anuência de Robinson – o que ainda não foi possível esclarecer –, desfez em
minutos, com a colaboração do presidente da Fundação José Augusto, animador
cultural Rodrigo Bico, a nomeação do produtor cultural Berg Oliveira Nóbrega
para dirigir o teatro Adjuto Dias, em Caicó.
Tatiana e seu lugar tenente, advogado
João Dutra, se irritaram com a manobra, este perdeu o emprego e na esteira a
exoneração atingiu também o também advogado João Dutra, muito ligado a um dos
políticos que mais cedo apoiaram a candidatura de Robinson a Governador, o
prefeito Elídio Araújo de Queiroz, de Jardim de Piranhas.
O alcaide ameaçou romper com
Robinson caso a única saída para Dutra fosse a porta do gabinete civil, e ganhou
esta parte da parada.
No último fim de semana, Robinson
desfez as defecções na equipe elevando Julio Cesar à presidência da inerte
empresa gestora de ativos do governo e entregando seu lugar de
secretário-adjunto da Casa Civil a João Dutra, que formalmente era assessor de
Tatiana.
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