terça-feira, 21 de abril de 2015

Imprensa só viu a crise duas semanas depois

Foram-se os bons tempos em que Robinson
 juntava Fátima, Mineiro e Tatiana.
Somente esta semana os líderes da mídia em Natal descobriram a crise que opõe dois dos principais colaboradores do governador Robinson Faria que registrei há duas semanas, a queda de braço em que se enfrentam a chefe da Casa Civil, advogada Tatiana Mendes Cunha, e o líder do governo na Assembléia Legislativa, deputado estadual Fernando Mineiro (PT). Registrei-a a 1° do corrente, na coluna semanal que veiculo no matutino impresso “Novo Jornal”, e a destaquei nas edições do último dia 15 e na que está na edição desta terça-feira, 21, excepcionalmente porque o periódico não circulará amanhã.
Como de hábito, só passaram a registrá-la depois que políticos começaram a exibi-la abertamente. Foi o caso do vereador Leleu Fontes, de Caicó, que em entrevista a uma emissora de rádio natalense recomendou que Tatiana se cuidasse porque tende a perder a parada para mineiro.  
Desde antes do meu registro, Robinson está num dilema, pois o conflito se lhe apresenta com características de “ou ele, ou eu”. Embora ressalte dificuldades que sua forte ligação com Mineiro lhe traz em diferentes frentes, a começar numa ala do PT liderada pela senadora Fátima Bezerra, o choque é altamente complexo: há muitos anos Robinson confia quase cegamente em Tatiana, mas esta, diferentemente de Mineiro, não exerce mandato nem pode lhe criar problemas na Assembléia Legislativa, onde é procuradora mas não tem voto.
Rica em desdobramentos que beneficiaram terceiros, a crise se evidenciou quando Mineiro, com ou sem anuência de Robinson – o que ainda não foi possível esclarecer –, desfez em minutos, com a colaboração do presidente da Fundação José Augusto, animador cultural Rodrigo Bico, a nomeação do produtor cultural Berg Oliveira Nóbrega para dirigir o teatro Adjuto Dias, em Caicó.
Tatiana e seu lugar tenente, advogado João Dutra, se irritaram com a manobra, este perdeu o emprego e na esteira a exoneração atingiu também o também advogado João Dutra, muito ligado a um dos políticos que mais cedo apoiaram a candidatura de Robinson a Governador, o prefeito Elídio Araújo de Queiroz, de Jardim de Piranhas.
O alcaide ameaçou romper com Robinson caso a única saída para Dutra fosse a porta do gabinete civil, e ganhou esta parte da parada.
No último fim de semana, Robinson desfez as defecções na equipe elevando Julio Cesar à presidência da inerte empresa gestora de ativos do governo e entregando seu lugar de secretário-adjunto da Casa Civil a João Dutra, que formalmente era assessor de Tatiana.      
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