Enquanto o jornal de Marcos Aurélio... |
Já existe uma data agendada para o fim da circulação do vespertino
impresso “O Jornal de Hoje”, de Natal, que há poucos dias anunciou o início de
uma operação com o propósito de retirá-lo das bancas e das mãos de seus
assinantes, encerrando uma experiência de dezessete anos praticamente sem nunca
deixar de ser editado e chegar à comunidade conforme o planejamento de seus
editores.
Em novo editorial
de primeira página, a direção de sua publicadora, a RN Gráfica e Editora, disse
nesta quinta-feira, 24, hoje, que a última edição circulará na sexta-feira 1º
de maio. Ao mesmo tempo, o serviço de entrega do jornal aos assinantes está
avisando a suspensão das atividades.
...opta pela versão virtual, Sami (E) e Lessa (D) investem... |
A empresa assegura
que, diante da estratosférica elevação dos custos de produção do periódico
impresso e seguindo tendência que percebe em vários mercados editoriais do
mundo, optou por manter somente a edição virtual. Esta decisão implica em
muitas demissões, que já mobiliza o setor administrativo da empresa, o qual,
paralelamente, prepara-se para na próxima semana começar a dialogar com cada
assinante visando ajustes de prestação de contas “e devolução de eventual
crédito” a que este tenha direito em razão da interrupção do serviço.
Dinheiro no “Novo Jornal”
O anúncio da extinção
da versão impressa do periódico surpreendeu a muita gente em Natal
principalmente em função da vinculação que ancestralmente seu idealizador, o
jornalista Marcos Aurélio de Sá, mantém com a mídia tradicional. Há alguns
meses, quando começou a circular em Natal a notícia de que outro jovem
periódico, o “Novo Jornal”, fundado pelo também jornalista Cassiano Arruda
Câmara, enfrentava dificuldades e só não encerraria suas atividades se
encontrasse um investidor capaz de assegurar sua continuidade, muitos leitores
potiguares estabeleceram prontamente um paralelo entre os dois periódicos,
concluindo que o “O Jornal de Hoje” teria longevidade maior.
...no matutino criado por Cassiano Arruda. |
Hoje, entretanto,
um grupo liderado pelo jovem advogado André Elali e apoiado pela multinacional
Ritz, com presença em diversos países da Europa, Ásia e América do Norte,
promove a recuperação do “Novo Jornal”, emprestando-lhe a impressão de que não
apenas deverá durar ainda bom tempo, como, principalmente, de que recebe
investimentos capazes de alavancar seus projetos.
Segundo consta na
sede do “Novo Jornal”, desde fevereiro, quando se uniram a Cassiano e
escolheram o publicitário Fernando Lessa para assumir a direção geral do
matutino, os investidores já injetaram mais de meio milhão de reais no periódico,
que atualizou o pagamento de salários e cuida de equacionar outros débitos.
Dentro de poucos
meses a política de enxugamento de custos deverá transferir a sede do “Novo
Jornal” da Ribeira para um edifício situado próximo ao escritório de Elali, no
bairro de Petrópolis, após o que seus novos controladores abraçarão outros
investimentos para melhorar crescentemente a interação entre o periódico e a
população potiguar.
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