Ao
nomear, na véspera, e empossar ontem o ex-deputado federal Henrique Eduardo
Alves, presidente do PMDB potiguar e ex-presidente da Câmara dos Deputados,
como ministro do Turismo, a presidente Dilma Rousseff também lhe conferiu um
atestado de honestidade que adversários dele acreditavam impossível.
Entre
as especulações e consultas visando à formação do ministério de seu segundo
mandato na presidência, logo após sua reeleição, em outubro, Dilma recebeu
muita pressão para nomear Henrique Eduardo, que lhe vinha sendo indicado pelo
vice-presidente Michel Temer, presidente nacional do partido, e evitou
convidá-lo com receio de que logo depois denúncias sobre ele a forçassem a demiti-lo.
O
receio surgiu em função das investigações da operação “Lava Jato”, porque o
nome do Ministro figurou em lista de suspeitos, e não foi vencido quando não
reapareceu na formalização das denúncias contra políticos envolvidos no escândalo,
pelo procurador geral da República, bacharel Rodrigo Junot.
Divulgou-se
então em Brasília que, mesmo sabendo o quanto a nomeação de Henrique Eduardo
era necessária para melhorar a situação de sua governabilidade, face ao elo que
ele representaria entre o executivo e a câmara federal e principalmente ao
presidente desta, deputado Eduardo Cunha (PMDB-RJ), Dilma decidiu que só o
atrairia para sua equipe depois que órgãos de investigação esquadrinhassem a
vida do candidato a fim de garantir-lhe que não lhe traria problemas devido a
improbidade.
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