quinta-feira, 30 de abril de 2015

Termina prazo para previdência complementar

Eduardo finalizou o texto do projeto, que...
Encerra-se nesta quinta-feira, 30, hoje, o prazo legal para que o governador Robinson Faria faça chegar à Assembléia Legislativa o projeto de lei criando o sistema de previdência complementar em benefício de todos os servidores do governo potiguar.
O “dead line” foi-lhe estabelecido por sua antecessora na governadoria, a médica Rosalba Ciarlini, e pelo parlamento potiguar, em dezembro último, quando editaram a lei que unificou os fundos financeiro e previdenciário do Instituto de Previdência do Estado (Ipern), facultando ao chefe do executivo sacar dele o que precisasse.
Dispositivo aprovado já no governo Robinson Faria, empossado a 1° de janeiro último, concedeu ao executivo dezoito anos para devolver ao fundo unificado o que lhe tenha retirado. Pelas contas de funcionários da secretaria de Planejamento e Finanças, o saque realizado esta semana para pagar a folha salarial de abril elevou para cerca de 750 milhões de reais o rombo imposto ao fundo desde dezembro, quando ele estava capitalizado em cerca de um bilhão de reais.
Engavetado
Robinson reiterou algumas vezes, no primeiro trimestre, ao ser questionado sobre o uso abusivo do fundo previdenciário para pagar os salários dos servidores até este mês, que sua prioridade em relação ao tema seria exatamente obter do legislativo a aprovação para o projeto da previdência complementar.
Até meados desta tarde, o texto não havia sido protocolado no Palácio José Augusto, sede da Assembléia. No centro administrativo, em Lagoa Nova, ninguém da secretaria estadual de Administração sabia informar se o governo cumpriria o prazo, se fingiria não conhecê-lo ou, em seu lugar, enviaria à Assembléia Legislativa proposta no sentido de ganhar tempo a respeito. Idêntico alheamento se fez notar na sede do Ipern, onde teria início o processo legislativo.
Uma fonte da governadoria, porém, estranhou que o projeto não já tivesse chegado ao legislativo, porque estaria pronto para este encaminhamento há várias semanas e provavelmente quase dois meses. A última informação que lhe constava então é a de que o texto havia sido elaborado na Consultoria Geral do Estado, com base em subsídios recebidos de Brasília, do Ipern e de diferentes secretarias de Estado. O texto final teria sido elaborado pessoalmente pelo consultor geral, advogado Eduardo Nobre.
Este roteiro legislativo sugere que o projeto está há muito tempo com a chefe da Casa Civil, a também advogada Tatiana Mendes Cunha, e que o engavetamento decorreria de decisão desta ou de Robinson.  
...Tatiana deveria ter enviado até hoje à Assembléia.
Enquanto isto, no legislativo, ninguém sabia dizer hoje o que o executivo faria hoje quanto à previdência complementar.
Assembléia na frente
Funcionários do legislativo até se surpreenderam por um a coincidência que saltou à sua vista com a lembrança deste fim de prazo: enquanto Robinson silencia a respeito, o presidente do parlamento, deputado estadual Ezequiel Ferreira (PMDB) age em relação ao futuro dos funcionários da casa. Há poucos dias ele constituiu uma comissão informal para elaborar o pro
jeto de criação da previdência complementar da Assembléia, e pode ser que este seja submetido ao plenário antes da iniciativa que compete a Robinson.
Embora conste em lei positivada, servidores da Governadoria que conversaram com o blog sobre o projeto da previdência complementar mediante o compromisso do anonimato observaram uma incongruência na situação que Rosalba impôs a Robinson. Eles acham que um governante em fim de mandato deva, à luz da ética, impor novas obrigações a seu sucessor.
Esta observação, aliás, remete a uma pergunta sobre se Rosalba e a Assembléia Legislativa, presidida então pelo deputado Ricardo Motta (Pros), laboraram à revelia de Robinson. Na época, recorde-se, a administração estadual convivia com uma equipe de transição entre os governos que saia e que entraria em janeiro, o que lhe exigia transparência absoluta sobre seus atos, pelo menos ante o olhar desse colegiado. Ademais, Rosalba havia ajudado Robinson a se eleger e tinha interesse em passar-lhe a melhor administração possível.    
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