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| Atestado do falante vereador pode ser gracioso e... |
A Câmara Municipal de Natal deverá
submeter o vereador Marcos Antonio Ferreira, o “Marcos do Psol”, a exame por
uma junta médica da casa, com a finalidade de conferir a saúde de suas cordas
vocais, que coincidentemente mostraram-se frágeis, conforme atestado particular
que ele apresentou, em duas quintas-feiras, impedindo-o de prestar depoimento à
comissão especial de inquérito que investiga acusação levantada contra ele.
Quem levantou a necessidade de recorrer
a médicos indicados pelo parlamento natalense foi o vereador Joanilson de Paula
Rego (PSDC), presidente da comissão especial de inquérito criada ainda em março
para apurar se Marcos do Psol estaria embolsando parte dos vencimentos de
ocupantes de seu gabinete, conforme denúncia feita por um dos colaboradores do
acusado.
Esgrimindo atestado de que sua garganta
está mal, o edil compareceu à sala em que seria realizada a reunião de ontem,
na qual Joanilson, advogado com larga experiência em direito criminal e combate
a chicanas jurídicas, pretendia colher seu depoimento. Na quinta-feira,
primeira reunião programada com esta finalidade, a comissão não avançou nada
porque o acusado não compareceu nem apresentou por interpostas pessoas uma
razão para a ausência.
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| ...desmoralizar o trabalho da comissão presidida por Joanilson. |
A necessidade de submetê-lo ao exame por
médicos indicados pela câmara está em evitar que alguém cogite de que esteja em
curso uma chicana utilizando atestados graciosos, com o que o acusado desmoralizaria
o trabalho da comissão de investigação. Funcionários, jornalistas que atuam na câmara e os demais vereadores atestam que nos últimos dias Marcos atuou muito no senado natalense, falando muito e em ótimo som, longe de parecer o afônico que sonegou o depoimento aos colegas que o investigam.
Edís lembram inclusive a confusão que Marcos criou no âmbito do Psol ao dar entrevista a uma emissora de rádio local sobre a sua e as candidaturas de correligionários à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves. Por sua conta ele anunciou a inclusão do médico e ex-prefeito Salomão Gurgel, de Janduís, no Seridó, entre os candidatos à cabeça de chapa do partido, enquanto uma pesquisa eleitoral divulgada dias antes apontava o professor Robério Paulino como a bola da vez, indicando-o como o nome mais aprovado pelo eleitorado após o do próprio Carlos Eduardo, presidente regional do PDT. Vários expoentes do Psol reagiram, espargindo a certeza de que em nenhum momento o vereador refletia uma tendência do partido.
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Roberto Guedes:
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