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| Walter à esquerda: ungido pelo pai (C) e pelo Ministro. |
Políticos potiguares que assistiram na
última quinta-feira, em Brasília, à posse do ex-deputado federal Henrique
Eduardo Alves como ministro do Turismo e, informalmente, um dos interlocutores
da presidente Dilma Rousseff junto ao Congresso Nacional, trouxeram de lá a
certeza de que ele entregará muito em breve o comando regional do PMDB ao
deputado federal Walter Alves, filho do senador Garibaldi Alves Filho.
A princípio, a transferência seria
determinada por um dispositivo do arcabouço jurídico do partido que impediria
ministros de Estado de presidirem seus diretórios, inclusive o nacional. Esta determinação
explicaria inclusive porque o presidente nacional, jurista Michel Temer, se
licenciou do posto ao assumir a vice-presidência da República.
No final da tarde de sexta-feira, porém,
fontes de Brasília asseguraram que esta imposição caiu em desuso, teria sido
analisada pela justiça eleitoral e não mais teria vigência. A passagem do
comando, porém, continuou a ser mencionada pelos conterrâneos, que falavam em
decisão já tomada e não mais vinculada ao regimento do PMDB.
Na noite deste sábado, pessoas muito
ligadas ao Ministro e ao Senador garantiam que a posse de Walter à frente do
diretório regional é questão de muito pouco tempo e estaria na raiz do fato de
Henrique Eduardo não ter promovido encontros de correligionários que previra
para o primeiro trimestre deste ano.
Segundo dizem, Henrique e Garibaldi
Filho teriam acertado entregar o bastão de comando para que Walter se
projetasse melhor perante o eleitoral conterrâneo já em tempo de se destacar na
campanha eleitoral que se aproxima, dependendo das circunstâncias até como candidato
a prefeito de Nata. Por enquanto, consta entre parentes dos três que a
tendência da família é apoiar a tentativa de reeleição do prefeito Carlos
Eduardo Alves, presidente regional do PDT, até como homenagem ao pai deste, o
jornalista e político Agnelo, deputado estadual por esta legenda. Nada indica,
contudo, que este aval já tenha se tornado consenso entre os primos do burgomestre.
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Roberto Guedes:
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