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| Glauber Rego: greve ilegal, mas não abusiva. |
Os líderes do
Sindicato de Servidores do Poder Judiciário do Rio Grande do Norte esperam que
o Tribunal de Justiça aprove nesta quinta-feira, 23, hoje, o recurso que a
instituição impetrou na última segunda-feira contra a decisão que o desembargador
Glauber Rego adotou dias antes no sentido de a corte cortar o ponto automático
e aplicar multa diária de dez mil reais aos serventuários que não retornaram ao
trabalho após a decretação da ilegalidade da greve a que se prendem desde 17 de
março último.
A paralisação,
segunda abraçada este ano pelos servidores do Tribunal de Justiça, foi decidida
como protesto contra um pacote de medidas de contingenciamento anunciadas para
o judiciário logo após a posse de seu atual presidente, desembargador Cláudio
Santos, em janeiro.
Embora cobrem a
implantação de algumas medidas já comemoradas por outros grupos de servidores
públicos conterrâneos, como a data-base de reajuste de vencimentos e uma
política de progressão funcional, a julgar pelo empenho com que se manifestam o
que mais interessa aos agentes do sindicato é bloquear um corte que o
Presidente da corte impôs a gratificações até dezembro recebidas pelos
ocupantes de cargos de confiança.
Depois de ouvir dirigentes
do tribunal e do sindicato, em audiência de conciliação, Glauber Rego
distinguiu a situação da greve, que considerou ilegal, porém não abusiva,
principalmente porque alguns itens da pauta não mais podem ser negociados e um
outro foi negado pelos serventuários.
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