domingo, 26 de abril de 2015

Dinheiro para barragem ficou só no discurso

O mês de abril está chegando à sua última semana e não desembacaram ao Rio Grande do Norte os seis milhões de reais que em março último o governo federal prometeu à senadora Fátima Bezerra (PT) enviar até o presente mês a Jucurutú com o objetivo viabilizar a retomada das obras de construção da barragem de Oiticica.
Agora Ministro, Henrique (E) consegue dinheiro mais depressa do que Fátima.
Este descumprimento de prazo foi salientado neste fim de semana pela divulgação em Natal, pelo novo ministro do Turismo, ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente regional do PMDB, do envio imediato para esta capital, pela Secretaria Nacional de Proteção e Defesa Civil, de 5,6 milhões de reais destinados à intensificação das obras de proteção ao morro de Mãe Luiza contra erosões provocadas por grandes chuvas.
Tragédia
O prefeito Carlos Eduardo Alves, primo e aliado político de Henrique Eduardo, tem 360 dias para utilizar os recursos e depois um mês para apresentar relatório de prestação de contas à União do que tiver feito com o objetivo de melhorar a infra-estrutura hidráulica do morro, afastando de sua população a súbita vontade de abandonar seus lares a qualquer chuvinha.
Este pânico se estabeleceu em junho do ano passado, quando um imenso toró provocou uma grande tragédia na avenida Aparecida, uma das principais do bairro, arrastando milhares de toneladas de areia e restos de construções ladeira abaixo, até à avenida Governador Sílvio Pedrosa, na orla marítima de Areia Preta. Quando Carlos Eduardo decreto calamidade pública, mais de 130 famílias haviam deixado suas casas com receio de que desabassem ou porque elas já haviam desaparecido no sumidouro das águas rumo ao mar. Desde então, ministros vieram a Natal, recursos foram prometidos, mas efetivamente não chegavam ao canteiro de obras – até que Henrique Eduardo, empossado em Brasília, tomou a frente do pleito municipal.
Descrédito
A celeridade com que o Ministro do Turismo teria arrancado esses recursos de outra pasta estabeleceu o termo de comparação com o fato de os seis milhões para Oiticica, se liberados por Brasília, estarem vindo em casco de cágado. Na verdade, quando Fátima Bezerra anunciou o anúncio da promessa dos seis milhões pelo governo federal sua iniciativa provocou risos em outros espaços do poder público.
Na época, acólitos do governador Robinson Faria sorriram por duvidar do cumprimento do prazo anunciado e, pior ainda, achando pouca a quantia. Pelo que disseram imediatamente depois do pronunciamento de Fátima, o reinício das obras em Oiticica precisa imediatamente de no mínimo trinta milhões de reais, o montante que a construção já devia há um mês a fornecedores. Os acólitos do Governador achavam até que a chegada aqui de apenas seis milhões de reais provocasse problemas, como um novo recuo de fornecedores que não receberiam nada com este repasse.
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