quinta-feira, 30 de abril de 2015

Wilma e Wober disputarão comando do PSB-PPS

Ângela, Wilma, e Wober: amigos, amigos...
Enfrentando problemas de saúde em São Paulo, onde desembarcou ontem levando consigo uma bateria de resultados de exames médicos a que se submeteu recentemente em Natal e em Recife, a vice-prefeita Wilma de Faria não participou nesta quarta-feira, 29, hoje, em Brasília, da reunião em que o diretório nacional do seu PSB decidiu promover a fusão do partido com o PPS.
Sua ausência, enquanto o ex-deputado estadual Wober Júnior, presidente regional do PPS, levou observadores da política potiguar a concluir no início da noite que ele, e não ela, deverá assumir o comando da nova legenda no Rio Grande do Norte. Pesaria a seu favor o detalhe de ser muito ligado a um dos principais articuladores da fusão, o deputado federal Roberto Freire (SP), presidente nacional do PPS.
Apesar de continuar presidindo até agora o diretório potiguar do PSB, Wilma, por sua vez, estaria um tanto desprestigiada na sua legenda desde a súbita morte do ex-governador Eduardo Campos, de Pernambuco, o líder nacional que disputava a presidência da república quando faleceu em acidente aéreo em Santos, São Paulo.
Poucos dias atrás, quando não se falava sobre a junção dessas legendas, o que constava em Natal era que Wilma perderia a condição de presidente de partido para a ex-deputada federal Sandra Rosado, residente em Mossoró. Em diversos momentos da história de sua cohabitação no PSB, as duas se enfrentaram internamente. Nos preparativos de candidaturas para as eleições gerais de 2014, Sandra reagiu duramente a um projeto que poderia levar Wilma à Câmara Federal.
Palanques opostos
Quanto a Wober, a crônica política diz que ele e a esposa, Ângela, sempre foram muito amigos de Wilma e que, independentemente de estarem em palanques divergentes, ele sempre a ajudou como pode. Acontece, porém, que ambos tendem a se destacar novamente em palanques opostos.
Desde o início de 2014 Wober está alinhado com o governador Robinson Faria, que lançou a candidatura do deputado estadual Fernando Mineiro (PT) à sucessão do prefeito Carlos Eduardo Alves, presidente regional do PDT, enquanto Wilma almeja renovar a candidatura de 2012 coadjuvando o burgomestre. Este, como se sabe, é o candidato a prefeito do ministro do Turismo, ex-deputado federal Henrique Eduardo Alves, presidente regional do PMDB e desde este mês alçado novamente à condição de único político potiguar em condições de fazer frente a Robinson.  
Quarto maior
As especulações quanto ao comando regional cedem lugar, porém, ao impacto que a decisão de fundir as legendas causou no mundo político, em parte porque PPS e PSB se anteciparam na surdina à unificação que o Dem e o PTB vivem anunciando e ainda não concretizaram. Os líderes destes diziam que sua fusão criaria o quarto maior partido do país. Esta, porém, é exatamente a posição a ser preenchida pelo resultante da união de socialistas e ex-comunistas abrigados no PPS.
Somados, PSB e PPS passarão a ter três governadores, 45 deputados federais, 588 prefeitos, 92 deputados estaduais e 5.831 vereadores. Assim que fundidos, terão sete senadores, mas o presidente nacional do PSB, Carlos Siqueira, disse que com a entrada da senadora Marta Suplicy, de São Paulo, que acaba de se desfiliar do PT e da sua colega Lúcia Vânia (PSDB-GO), a bancada na câmara alta do país aumentará para nove.
A idéia dos dois partidos é que até junho as negociações estejam concluídas e o processo finalizado. Ainda está sendo discutido o nome e número resultantes da fusão. Carlos Siqueira quer que o nome passe a ser PSB40 e seja mantido o número dos socialistas. “É uma marca consagrada que teve 23 milhões de votos em 2014”, salienta. Segundo Roberto Freire, não há definição quanto a isto.
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