Aluízio no seu memorial: nem a família o homenageia à altura. |
O
nono aniversário da morte do jornalista e político Aluízio Alves, sem dúvida o
maior líder que o Rio Grande do Norte já ofereceu ao mundo, transcorrerá no
próximo dia 6, quarta-feira, e, como nos oito últimos anos, até agora ninguém
anuncia um acontecimento à altura do evento.
Todos
os anos, o que tem sido feito em homenagem a Aluízio é a celebração de uma
missa de réquiem na igreja de Nossa Senhora da Esperança, no bairro de Cidade
da Esperança, pelo seu vigário, padre Agustín Calatayud y Salon.
Esta
é, porém, uma homenagem espontânea que lhe prestam os moradores do bairro, que
foi construído no governo de Aluizio, de 1961 a 1966, como o primeiro
empreendimento de habitação popular em todo o Brasil, numa antecipação em
escala menor do que viria depois a ser o plano nacional, a cargo da União.
Ainda
que seja de longe a maior beneficiária da força política que Aluizio criou no
Rio Grande do Norte, sua família, que após seu afastamento da vida pública e
depois de seu falecimento já assumiu dois ministérios federais, o da
Previdência e agora o do Turismo, só tem acompanhado a iniciativa do bairro,
sem tomar a de criar um feito pelo menos aproximado da grandeza do líder,
contentando-se com o usufruto do capital eleitoral que ele gerou e legou.
Nem
mesmo o “Memorial Aluizio Alves”, empreendimento estático alojado na sede de
uma emissora local de televisão e teoricamente dirigido por familiares dele,
anuncia algo com este título.
Os
familiares também não cuidam de erguer a Fundação Aluízio
Alves, que ele próprio
instituiu, em vida, doando-lhe uma casa da avenida Deodoro, em Petrópolis, para
servir-lhe de sede. Longe de contemplar o culto à sua personalidade, o sonho de
Aluizio para esta instituição seria transformá-la num instrumento perene de
apoio a iniciativas em defesa do Rio Grande do Norte, desenvolvendo ao mesmo
tempo iniciativas de cunho social em benefício de famílias necessitadas.
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