Pode
ter sido tardio o empenho com que interessados pela moralidade no serviço
público tentaram acossar o vereador Joanilson de Paula Rego (PSDC), presidente
da comissão de ética da câmara municipal com relação à necessidade de iniciar
as investigações sobre se o seu colega Marcos Antonio Ferreira da Silva, o
“Marcos do Psol”, recebia, e ilegalmente, claro, parte dos salários de
funcionários lotados em seu gabinete.
Joanilson
vinha sendo criticado por operadores do direito por estar, como diziam, adiando
as investigações, e resolveu acelerar o passo em busca do tempo que havia
perdido.
Na
última sexta-feira ele anunciou o Bispo Francisco de Assis (PSB) como relator
do inquérito, instaurado e estacionado em fevereiro último. Poucos dias antes,
havia prometido esta nomeação para hoje. Ainda na semana passada, ele anunciou
que colheria hoje o depoimento de Marcos.
Acontece,
porém, que desde a eclosão da denúncia, Marcos e seu partido puderam fazer
muita coisa para eliminar provas, inclusive desmemoriar o denunciante.
Funcionário do gabinete do edil, o denunciante foi brindado poucos dias antes
da sexta-feira passada com um senhor reajuste salarial, passando de setecentos
reais para mais de quatro mil reais. Depois desse aumento, outros vereadores
acreditam que o servidor nem sabe mais da denúncia.
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