Rinaldo agora depende dos adversários. |
A eleição do promotor de justiça Rinaldo
Reis para um segundo mandato como Procurador Geral de Justiça acentuou, nesta sexta-feira,
17, ontem, na sua repartição, uma interrogação que se esboçava há meses, na
medida em que se delineava a certeza de que não encontraria competidores neste
pleito.
Trata-se de saber se seu nome obterá a
aprovação do Colégio de Procuradores do “parquet” estadual, que o examinará, seqüenciando
o processo eleitoral, na próxima semana. Depois de obter apenas 142 votos de
promotores e procuradores num universo de 178 votantes, Rinaldo precisa deste
aval para alcançar a aprovação do governador Robinson Faria e o nada consta da
Assembléia Legislativa para passar mais dois anos no comando da casa. Os
procuradores têm o poder de vetar sua reeleição.
A interrogação se impõe crescentemente
pelo fato de há meses, ou praticamente desde o início de seu atual mandato,
Rinaldo vir colidindo sistematicamente com os procuradores, profissionais do
ministério público situados num estágio acima dos promotores, que formam a
maioria dos eleitorado mas constitui um colegiado que pode desviá-lo da nova
vitória.
Rinaldo levou tão longe o choque com os
procuradores que em diversas ocasiões um ou outro teve que recorrer à justiça e
ao Conselho Nacional do Ministério Público em função de discordâncias acerca de
decisões que tomou à revelia do colegiado superior da sua casa. Segundo alguns
procuradores, à frente da Procuradoria Geral Rinaldo tem-se conduzido menos
como chefe da instituição do que como líder sindical, o que prejudicaria o papel
do “parquet” na oferta de justiça.
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Roberto Guedes:
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