domingo, 19 de abril de 2015

Prefeitos vão chorar com o FPM de amanhã

Sofrimento de Robinson depende da abrangência do decreto.
Vários prefeitos do Rio Grande do Norte deverão se aborrecer e talvez mesmo chorar nesta segunda-feira, 20, amanhã, mesmo depois que tilintar nas contas bancárias de suas administrações o segundo decêndio de abril do Fundo de Participação dos Municípios (FPM), apesar de ele trazer sinais de crescimento. Segundo fontes da Federação Norte-rio-grandense dos Municípios (Femurn), ninguém se surpreenda se o repasse, no mesmo dia, do Fundo de Participação dos Estados (FPE) levar às lágrimas o governador Robinson Faria.  
A choradeira deverá ser provocada por cortes impostos à última hora aos repasses federais pelo decreto 8407/2015, editado há poucos dias pela presidente Dilma Rousseff. Pelo diploma, os municípios perderão muito dinheiro correspondente a Restos a Pagar (RAP) dos exercícios de 2013 e 2014. A canetada atinge prefeituras que não tenham feito previsão de início de pagamento dessa rubrica até o próximo 30 de junho. Contabilistas que trabalham para prefeituras acham que nenhuma delas cuidou disto com a previsibilidade agora imposta pelo decreto.
No caso dos municípios potiguares, essa perda pode chegar a R$ 730 milhões. Quanto ao Estado, técnicos da secretaria de Planejamento e Finanças acreditam que o decreto não o atinge, pois se volta unicamente aos municípios.
Em sua maioria provenientes de emendas parlamentares ou emendas de bancadas ao Orçamento da União, esses recursos estão destinados à aquisição de equipamentos e realização de obras, em que os pagamentos sofreram atraso e são deixados para o ano seguinte.
Sem receber os repasses, as prefeituras e talvez o governo potiguar precisem destinar logo parte do FPM e do FPE a esta rubrica, a fim de garantir-se o recebimento de recursos de outras fontes da União.
O novo decêndio registra um aumento de 35,5%, em termos reais, comparado ao mesmo repasse de abril do ano passado, mas em termos reais o FPM está 2,01% menor do que o mesmo período do ano anterior.
Juntos, os dois decêndios de abril somam 4.197 bilhões de reais. Em abril passado, o acumulado somou 3.971 bilhões de reais. Em termos reais, descontada a inflação, houve crescimento de 5,67%. Com este repasse, o FPM acumula 26.994 bilhões de reais em 2015. No mesmo período de 2014, o acumulado era de 27.547 bilhões de reais.
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